A Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa) espera um acréscimo de produção na ordem dos 5% a 10%, este ano. Ao ‘Jornal Económico’, o presidente da CVR Lisboa revelava em outubro que as vindimas na Região Demarcada de Lisboa avançavam “a bom ritmo, estando atualmente a ser colhidas as castas tintas mais tardias”. “Para o final, ficam as uvas destinadas aos vinhos de colheita tardia, que constituem um nicho especial que começa a ganhar interesse e tração na Região de Lisboa”, explicava Francisco Toscano Rico.
O responsável avençou ainda ao ‘Jornal Económico’ que a vindima este ano foi “atípica e muito exigente em termos logísticos e, consequentemente, também financeiros, por força das medidas de prevenção da Covid adotadas pelo setor vitivinícola, que obrigam a vindimar com equipas no terreno desfasadas no tempo e no espaço e nos equipamentos que utilizam, bem como nos locais de repouso e veículos de transporte”.
Francisco Toscano Rico previa na altura que, em termos de quantidade, ocorra este ano um aumento entre os 5% e 10% face a 2019, mas “com uma qualidade muito promissora, muito por culpa do calor que se verificou durante a maturação, em especial na primeira quinzena de setembro, que nesta região próxima do mar costuma originar colheitas de exceção”.
“O facto do preço das uvas se ter mantido estável num ano como este e, em alguns casos, com uma ligeira tendência de aumento, é um sinal de confiança no futuro e uma evidência do dinamismo e desempenho da Região Demarcada de Lisboa, cujas vendas duplicaram nos últimos cinco anos, situando-se atualmente em cerca de 55 milhões de garrafas por ano, e a registar recordes absolutos no pós confinamento”, disse ainda ao ‘Jornal Económico’.
CVR Lisboa revela que vindimas 2020 trazem acréscimo de produção
