A equipa portuguesa chegou à Bulgária para os Europeus de ciclismo de pista com cinco medalhas conquistadas em edições anteriores. No domingo, dia 15, quando deixou Plovdiv trouxe na bagagem mais seis medalhas.
O selecionador nacional, Gabriel Mendes, não ficou surpreendido:
“Quando entramos numa competição vamos sempre com intenção de dar o máximo e de controlar tudo o que esteja na nossa mão. Sabia que vínhamos com corredores em muito bom momento, apenas com a Maria numa fase mais atrasada da preparação, por ter sido forçada a parar uma semana após o Campeonato da Europa de Sub-23”, relata o selecionador nacional numa publicação na página da Federação Portuguesa de Ciclismo na rede social ‘Facebook’.
Gabriel Mendes acrescentou que apesar de os resultados “serem sempre uma incógnita, dadas estas circunstâncias, não estou surpreendido com as medalhas conquistadas e com o nível de desempenho que alcançámos”.
A última medalha foi conquistada no próprio domingo, pelos irmãos Ivo e Rui Oliveira: alcançaram prata na prova de ‘madison’ no último dia dos Europeus de ciclismo de pista.
A dupla portuguesa terminou a prova com 43 pontos, a oito da Espanha, que apenas garantiu o título no derradeiro ‘sprint’, com Itália a fechar o pódio, com 33.
Os portugueses reentraram na luta pelo pódio a 20 voltas do final, quando conseguiram dar uma volta ao pelotão, feito que lhes deu 20 pontos de bónus, numa corrida marcada pela queda de um dos ciclistas britânicos, que os tirou da luta pelo triunfo.
Portugal terminou a participação nesta competição europeia que decorreu em Plovdiv, Bulgária, com seis medalhas, com destaque para os primeiros títulos de sempre em elites, conseguidos por Iuri Leitão, em scratch, e Ivo Oliveira, na perseguição.
Iuri Leitão conseguiu também a prata na eliminação e o bronze em omnium, enquanto Maria Martins subiu ao último lugar do pódio na eliminação.
O êxito de Leitão, que já conquistou o ouro em scratch e o bronze na eliminação, baseou-se na prova por pontos, na qual deu uma volta de avanço aos rivais, conquistando 20, e foi segundo no sprint final, somando mais seis.
Menos de uma hora depois do ouro de Iuri Leitão no scratch, Maria Martins, já apurada para os Jogos de Tóquio2020, adiados para 2021, conseguiu novo ‘metal’, o bronze, melhorando o sétimo lugar que tinha feito nos campeonatos da Europa de 2019.
Todas as medalhas do ciclismo português em Europeus de Elite
– Iuri Leitão, Scratch, 2020
– Ivo Oliveira, Perseguição Individual, 2020
– Ivo Oliveira e Rui Oliveira, Madison, 2020
– Iuri Leitão, Eliminação, 2020
– Iuri Leitão, Omnium, 2020
– Maria Martins, Eliminação, 2020