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Portugal centro do mundo

A importância dos Templários nos descobrimentos portugueses

8 Novembro, 2020 Cultura, Portugal centro do mundo
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A importância dos Templários nos descobrimentos portugueses

Na altura em que se assinalam os 700 anos da extinção da Ordem do Templo, é bom recordar a importância que tiveram em Portugal e como contribuiram decisivamente para o desenvolvimento do nosso país. Em boa hora o Rei D. Dinis teve a visão de os proteger e de diplomaticamente ter evitado a extinção pura e simples da ordem, transformando sabiamente cavaleiros em frades. Foi notável o seu contributo no plano dos descobrimentos, desde a logística à ciência. E que nunca se esqueça que o Infante D. Henrique foi o primeiro mestre da nova Ordem nascida em solo português…

Dos Templários à Ordem de Cristo

Fundada em França, na região de Champagne, no ano de 1120 no contexto da realização do Concílio de Nablus, a Ordem Militar do Templo, tornou-se uma das mais importantes ordens militares da Europa Cristã medieval. Foi precisamente criada para proteger os movimentos de peregrinação aos Lugares Santos do Cristianismo no médio oriente sob ascendência crescente do poderio de confissão islâmica, mas não é de todo inocente que a sua ação ultrapassou muito este objetivo para se fixar também numa certa “vontade ofensiva” de reconquista de alguns destes lugares.

Os Templários nasceram na dependência dos Cónegos do Santo Sepulcro, vindo rapidamente a autonomizar-se com a liderança do seu primeiro Grão Mestre, Huges de Payns.

Os Templários, Freires de Cristo ou Freires do Templo de Salomão como também eram designados, associaram à sua consagração religiosa a profissão dos conselhos evangélicos de Pobreza, Castidade e Obediência, o compromisso de entregar a sua vida em favor da proteção dos peregrinos e da defesa da Cristandade contra a ameaça do poder islâmico que afrontava os cristãos.

A Ordem do Templo, tal como muitas outras ordens  militares como a de Santiago, a de Calatrava, a do Hospital e a de Avis, cooperava com os exércitos dos reis e senhores cristãos nas cruzadas contra o chamado “Infiel” tanto no Médio Oriente e como na Península Ibérica, procurando reconquistar os territórios de antigo domínio cristão, entretanto conquistados pelos muçulmanos. Em Portugal foi decisiva a sua ação no cerco de Santarém e de Lisboa, assim como na reconquista do Reino dos Algarves.

Estas ordens militares funcionavam como uma espécie de tropa de elite bem treinada e altamente motivada, cuja participação nas batalhas decidia muitas vezes o sentido da vitória.

Claro que estes serviços não eram de todo desinteressados, pese embora os votos iniciais da Ordem. Foram largamente recompensados com a atribuição de bens, nomeadamente terras, castelos e outras regalias, que tornariam essas ordens  poderosas e influentes. Em Portugal, além do papel fundamental desempenhado pela Ordem do Templo, na reconquista cristã e, por consequência, na formação de Portugal, teve um papel relevante no povoamento e controlo do território conquistado aos Mouros. E assim foi, ao longo de duzentos anos em que a Ordem se foi tornando cada vez mais poderosa

De tal maneira assim foi que o constante acumular de riquezas e poder como contrapartida dos seus serviços, tonou a Ordem poderosa e influente, muito para além do que pretendia o Rei, como representante do poder instituido na época.

A Ordem do Templo acabou por ser submetida a uma perseguição trágica que conduziria  à sua extinção. Semelhante com o que viria acontecer, mais tarde, com a expulsão da Companhia de Jesus de Portugal de Portugal pela mão de Pombal, e noutras monarquias europeias no século XVIII, acabando com a sua extinção universal em 1773 pelo papa Clemente XIV.

A perseguição

O processo antitemplário foi liderado pelo Rei de França, Filipe, o Belo, que conseguiu a conivência do Papa de então, Clemente V, para considerar a Ordem do Templo culpada de desvios e faltas graves. De tal modo que o monarca francês logrou, embora hoje sem sabermos com certeza se com provas justas, obter do Papa a extinção desta Ordem e até a condenação das suas mais importantes lideranças, culminando com a morte na fogueira do seu último Grão-Mestre, Jacques de Molay, em 1314.

O processo tinha começado em 1308 com uma bula papal enviada aos príncipes cristãos para clarificar a situação dos Templários e declarar a necessidade da sua extinção, seguida de outra bula, emitida em 1309, a ordenar a prisão dos Freires de Cristo e, finalmente, da bula “Ad Providum”, de março de 1312, a decretar a anexação dos significativos bens desta Ordem e a transferi-los para a posse da Ordem do Hospital.

Portugal: uma situação diferente

No entanto, D. Dinis, que então reinava em Portugal, resistiu a aceitar a diretiva papal que mandava extinguir a Ordem do Templo, consciente do relevantíssimo serviço que tinha prestado e continuava a prestar na defesa e povoamento do território português. Mas não era só essa a razão, diversos estudiosos consideram que os Templários prestavam, mais ou menos secretamente, um apoio inestimável a um plano de desenvolvimento em Portugal, que ia desde a agricultura até à expansão do território que resultaria mais tarde na grande saga dos descobrimentos. Por isso os Templários não podia ser extintos e foi por isso que com uma ação diplomática de grande visão e alcance, D. Dinis conseguiu obter do Papa uma solução para acatar a extinção, mas sem extinguir de facto esta Ordem de elite, cuja dispensa não convinha à estratégia política do Reino de Portugal, consciente dos conhecimentos e segredos que os Templários possuíam e que ajudavam de forma decisiva os seus planos.

 

Importância dos Templários nos descobrimentos

A solução passou apenas pela mudança do nome. Mantiveram-se os mesmos efetivos, os bens e a estrutura organizativa, mas mudou-se o nome da Ordem que passaria a ser “Ordem de Cristo” . Com esta jogada de diplomacia, D. Dinis salvou os Templários que passaram a ser integrados na Ordem de Cristo, no fundo, o nome novo da Ordem do Tempo ou dos Cavaleiros de Cristo.

Sabemos hoje quão importante e decisivo foi este empenho político de D. Dinis em evitar a extinção dos Templários em Portugal. Mais tarde, a sucedânea Ordem de Cristo liderará a promoção de uma das empresas mais importantes e significativas de toda a História de Portugal: as viagens marítimas de descobrimento. Através da liderança de um dos mais famosos Grão Mestres da Ordem de Cristo, o Infante D. Henrique, Portugal ficou na história universal como o primeiro império global da humanidade e o pioneiro da construção da globalização.

Tive o privilégio pessoal de assistir em Washington à inauguração de uma exposição dedicada à grande aventura portuguesa: “Encompassing the globe” (abraçando o mundo) onde era efetivamente realçada esta vocação portuguesa de inventar a globalização que se viria a afirmar nos nossos dias.

Foi a  Ordem de Cristo que tutelou, no século XV, todo o processo de descobrimento de novos caminhos marítimos e de novos territórios e povos desconhecidos oficialmente, como consequência da política expansionista extraeuropeia promovida pela Dinastia de Avis fundada pelo Rei D. João I. Depois da conquista de Ceuta em 1415, o primeiro território descoberto oficialmente no Atlântico foi o Arquipélago da Madeira em 1419, ao qual sucedeu uma série de viagens que culminaram com a navegação de toda a costa africana, a passagem do temível Cabo das Tormentas, a chegada à índia por via marítima (1498) e a descoberta oficial do Brasil em 1500.

Estas viagens permitiram estabelecer a primeira grande rede imperial moderna sob domínio português em concorrência com aquilo que empreendia Espanha.

O ideal de universalização do Cristianismo teve sempre na base motivadora e legitimadora fundamental, dita pelos documentos, de todo este processo de expansão terrestre e marítima. A construção do império era acompanhado, como sabemos, pela concomitante edificação das bases da Igreja Católica nos novos mundos descobertos através da ação dos missionários de várias ordens.

A Ordem de Cristo ficou durante muitos anos com a tutela deste processo de edificação da Igreja nos novos territórios, tendo sido a Madeira erguida como primeira grande rampa de lançamento desta política expansionista. De tal modo, que em 1514 se edificou a primeira diocese bem sucedida em território ultramarino sob domínio português: a Diocese do Funchal. Esta que foi a maior diocese do mundo aquando da sua criação e durante poucas décadas, dependia da Ordem de Cristo e detinha jurisdição sobre todos os territórios descobertos e a descobrir, isto é, envolvia três continentes.

 

 

 

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