O ministro das Infraestruturas garantiu recentemente que a linha do Vouga “é para requalificar de uma ponta à outra”, referindo que o que está no Plano Nacional de Investimentos (PNI) é de “Aveiro a Espinho, integralmente”.
Pedro Nuno Santos falava na audição conjunta das comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e da Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).
“A linha ferroviária do Vouga é para requalificar de uma ponta à outra, não faz sentido ser de outra maneira”, asseverou o governante.
“Não faz sentido ser de outra maneira, o que está no PNI é de Aveiro a Espinho, integralmente, e não apenas entre Oliveira de Azeméis e Espinho, como estava previsto anteriormente”, salientou Pedro Nuno Santos.
Questionado sobre eventuais desativações de linhas ferroviárias, o ministro foi perentório: “Isso não vai acontecer, pelo menos enquanto nós estivermos nestas funções”.
Adiantou ainda que será feito o estudo do ramal de Portalegre.
Relativamente à nova ligação Lisboa-Porto, Pedro Nuno Santos referiu que esta “não tem nada a ver com o abandono ou não da linha do Norte”.
Aliás, “a linha do Norte não pode ser abandonada, precisamos de aumentar a capacidade ferroviária de ligação entre Lisboa e Porto, não é de substituir”, sublinhou o ministro das Infraestruturas e da Habitação.
“A linha do Norte é fundamental, vamos fazer uma nova ligação que vai permitir um tempo de viagem mais rápida do que aquele que conseguimos na linha do Norte”, disse.
“Não temos dúvida nenhuma que a prioridade em termos de viabilidade económica e de necessidade é a ligação Lisboa-Porto e depois Porto-Vigo (…), são dois projetos muito exigentes, mas que vão mudar radicalmente a forma como o país se relaciona”, sublinhou o governante, referindo que o Plano Nacional Ferroviário, cujo debate arranca em janeiro, vai incluir também este tema.