Os ataques terroristas ocorreram em seis locais diferentes da capital da Áustria e fizeram cinco mortos e 17 feridos, avança a agência Associated Press (AP).
“Cindo pessoas morreram, dois homens e duas mulheres e ainda um atacante, e 17 outras ficaram feridas num tiroteio no centro de Viena, horas antes de começar o confinamento decretado por acusa do coronavírus”, publica a AP, que cita informações das autoridades austríacas.
O homem, fortemente armado, disparou indiscriminadamente sobre várias pessoas. Os serviços hospitalares de Viena já indicaram que sete dos 17 feridos corriam risco de vida.
O atacante morto será um austríaco de 20 anos, com origens na Macedónia do Norte, já tinha sido apontado como simpatizante do autoproclamado Estado Islâmico e sinalizado pela polícia.
A AP avança que agressor, de nome Kujtim Fejzulai, tinha já sido condenado a 22 meses de prisão em abril de 2019 porque tentou viajar para a Síria para se juntar ao grupo do Estado Islâmico. Foi libertado antecipadamente em dezembro desse ano, no âmbito da lei juvenil.
As autoridades falam em “terrorismo islâmico”.
“Está confirmado que o ataque de ontem foi claramente um ataque terrorista islâmico”, disse o chanceler Sebastian Kurz. “Foi um ataque de ódio – ódio pelos nossos valores fundamentais, ódio pelo nosso modo de vida, ódio pela nossa democracia onde que todas as pessoas têm direitos e dignidade iguais”, disse ainda, citado pela AP.
Várias detenções feitas
Os incidentes parecem ter sido sincronizados e ocorreram em pelo menos seis locais diferentes. Os primeiros tiros foram ouvidos por volta das 20h (19h em Lisboa) no centro da capital austríaca, no Innere Stadt, o primeiro dos 23 distritos vienenses. Os ataques começaram junto a uma sinagoga na Schwedenplatz, confirma a agência Reuters.
Testemunhas descrevem que vários homens dispararam em direção às pessoas que se encontravam em bares e esplanadas.
Os “vários suspeitos” estavam armados com espingardas automáticas e o suspeito que foi abatido estava vestido com um pretenso colete de explosivos que se revelou ser falso.
As autoridades admitem o envolvimento de mais pessoas, armadas e perigosas, pelo que aconselham a população de Viena a ficar em casa se possível, saindo apenas por razões profissionais ou por qualquer outro motivo importante.
De acordo com a comunicação social austríaca, já foram efetuadas várias detenções no âmbito da investigação em curso.
As autoridades montaram um enorme dispositivo de segurança para localizar pelo menos um terrorista que fugiu, com dezenas de agentes das forças especiais e especializadas em ações antiterroristas a participarem nos esforços de busca, que também inclui o controlo das fronteiras.
O último ataque em Viena ocorreu em 1985, quando o grupo palestiniano Abu Nidal matou três pessoas e feriu 39 no aeroporto da cidade.