FOTO: Bom Dia Luxemburgo
Os conselheiros das comunidades portuguesas no Luxemburgo estão a promover a aquisição em conjunto de leitores USB de Cartão de Cidadão como medida para contornar os atrasos no Consulado Geral de Portugal naquele país. Em comunicado, os conselheiros das Comunidades Portuguesas no Grão-Ducado propõem esta alternativa ao atendimento presencial, pelo menos para a resolução de alguns dos assuntos.
“É tempo de procurar alternativas que nos permitam, pelo menos parcialmente, resolver os problemas da comunidade portuguesa no Grão-Ducado e respetivas zonas fronteiriças”, lê-se na nota.
Os conselheiros pretendem, desta forma, acabar com “o calvário dos atrasos crónicos, das marcações de três ou mais meses, da espera na rua ao sol, chuva e frio motivada pelas medidas sanitárias da covid-19, dos telefonemas e e-mails que não são respondidos, dos equipamentos informáticos obsoletos e que não trabalham, dos quadros de pessoal consular por preencher, dos ‘call-centers’ dedicados que nunca mais entram em funcionamento”.
Querem também o fim da “discricionariedade arbitrária do que é considerado urgente, da desinformação das redes sociais, dos fenómenos fraudulentos de intermediação ilegal e procuradoria ilícita, ilegítima, violadora dos dados pessoais e da sua proteção tal o desespero do cidadão na procura dos serviços consulares”.
A aquisição de um leitor USB de Cartão de Cidadão é, para estes conselheiros, uma solução fácil para alguns dos serviços até agora solicitados no consulado, como “a renovação do Cartão de Cidadão, a alteração da morada ou mesmo, em breve, poder fazer registos de nascimento, já para não falar de aceder diretamente ao Portal das Finanças ou de um acesso à Segurança Social Direta”.
Este leitor “é uma ferramenta muito útil” e que pode fazer “poupar tempo, dinheiro e chatices”, referem no comunicado, considerando que “não seria descabido ser o próprio Estado português a fornecer este equipamento”.
Para já, apelam à união da comunidade, das centrais sindicais e associações cívicas para a aquisição dos leitores, que custam cerca de 20 euros, com o objetivo de “conseguir um número suficiente de pessoas”.
Esta iniciativa está igualmente a ser desenvolvida por um conselheiro das Comunidades Portuguesas eleito para o Reino Unido e Irlanda.