O Instituto Hidrográfico (IH), órgão da Marinha Portuguesa, está a celebrar o 60º aniversário.
Criado a 22 de setembro de 1960, é reconhecido como um laboratório do Estado e tem por missão fundamental assegurar atividades relacionadas com as ciências e técnicas do mar, tendo em vista a sua aplicação na área militar, e contribuir para o desenvolvimento do país nas áreas científica e de defesa do ambiente marinho.
No dia em que se cebram os 60 anos da sua criação, o ministro da Defesa Nacional, elogiou as diversas valências do IH, nomeadamente em termos conhecimento produzido para as Forças Armadas, mas também para alguns setores da economia portuguesa.
“Esta é uma casa que muito orgulha a Defesa Nacional e que orgulha todo o país. Quero, em nome do Governo, deixar uma palavra de apreço ao almirante e Chefe do Estado-Maior da Armada e ao diretor-geral do IH pela liderança que têm exercido nos destinos desta casa”, afirmou João Gomes Cravinho.
Na cerimónia de comemoração dos 60 anos da instituição, na sede da mesma, no bairro da Lapa em Lisboa, estiveram também os ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e do Mar, Ricardo Serrão Santos.
“O IH é hoje uma entidade de referência na produção de conhecimento científico e técnico aplicado na área da hidrografia, oceanografia e cartografia, assim como um polo dinamizador destas atividades junto da comunidade académica, de empresas e de parceiros estratégicos”, continuou o responsável governamental.
Segundo Gomes Cravinho, o IH “representa um reforço muito significativo da capacidade nacional de potenciar a localização central [de Portugal] no Atlântico e a sua vocação marítima”.
O ministro da Defesa sublinhou ainda a utilidade do IH para “novos setores da atividade económica ligados ao mar”.
“O IH produz conhecimento relativo aos sedimentos marinhos ou relevante para a aquacultura ou na observação de microplásticos, entre outros, que, no seu conjunto, contribuem decisivamente para um exercício pleno da soberania nacional sobre o mar português. Portugal não pode controlar, explorar de forma sustentável ou defender aquilo que não conhece”, argumentou.
Atualmente tem em curso mais de duas dezenas de projetos de investigação e ainda os programas ‘Cartografia dos sedimentos marinhos’, ‘Monizee – Sistema de Monitorização e Previsão Operacional da ZEE Portuguesa’ e o ‘Seamap 2030’, de mapeamento do mar português
Instituto Hidrográfico celebra 60 anos aproduzir conhecimento sobre as ciênias do mar
