Fibrilhação Auricular: Um em cada cinco AVC são provocados por esta arritmia 

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A fibrilhação auricular (FA) é a alteração mais comum do ritmo cardíaco. Um em cada cinco AVC são provocados por esta arritmia. A prevalência de fibrilhação auricular aumenta muito com a idade. Este aumento é tanto maior quanto mais avançado é o grupo etário: a partir dos 50 anos, a incidência duplica em cada década de vida, sendo responsável por 20 a 30 % dos Acidentes Vasculares Cerebrais isquémicos (AVC)

Associada à idade avançada, sexo masculino e a várias co-morbilidades como a hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, doença valvular e doença coronária, esta patologia pode ser silenciosa e permanecer sem diagnóstico até que uma complicação se desenvolva.

Trata-se de uma arritmia que se manifesta através de batimentos cardíacos muito irregulares e rápidos na ordem dos 80 a 160 batimentos por minuto. Quando tal acontece o coração não consegue bombear eficientemente o sangue, o que pode gerar a formação de pequenos coágulos dentro do próprio coração. Esses coágulos podem ser arrastados pela corrente sanguínea e alojar-se em qualquer parte do corpo. Quando atingem as artérias que irrigam o cérebro podem causar um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

O início de um episódio de Fibrilhação auricular nem sempre é claro. Os sintomas de Fibrilhação Auricular variam de pessoa para pessoa. Alguns pacientes sentem palpitações e batimentos cardíacos irregulares. Outros sentem desconforto no peito, falta de ar, tontura, vertigem ou cansaço geral, sem terem palpitações. De forma inesperada os sintomas podem ainda manifestar-se durante o repouso ou até durante o exercício.

É fundamental apostar num diagnóstico mais atempado e, a partir dos 65 anos, controlar factores de risco como o peso, a tensão arterial, o colesterol e ter uma alimentação equilibrada, praticar exercício físico e não fumar.

De modo a evitar o aparecimento de AVCs é recomendado a toma de fármacos anticoagulantes de modo a fluidificarem o sangue, evitando assim a formação de coágulos. Um diagnóstico de Fibrilhação Auricular pode levar à prescrição de terapêutica anticoagulante para evitar o risco de AVC. Na Europa, como em Portugal, as normas aconselham a maioria dos doentes a considerar um dos Novos Anticoagulantes Orais, os NOAC. Estes fármacos deverão sempre ser tomados mediante prescrição médica.

Ainda que sejam conhecidos os sinais é possível que alguém com Fibrilhação Auricular não tenha quaisquer sintomas e a arritmia seja descoberta por acaso, por exemplo, durante um check-up de rotina ou na utilização de dispositivos portáteis. Em todo o caso a melhor forma de prevenção é o diagnóstico precoce, o controlo de arritmias e a adoção de estilos de vida saudáveis.

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