O Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da PSP enviou hoje uma carta aberta ao ministro da Administração Interna, questionando-o sobre a falta de candidatos ao concurso para formação de agentes da PSP.
“Num momento em que as taxas de desemprego estão a aumentar, não há candidatos para ingressar a carreira de polícia operacional. Porquê Sr. ministro?”, questiona o sindicato na missiva enviada a Eduardo Cabrita.
O Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da PSP refere que não há candidatos para ingressar a carreira de agente da Polícia de Segurança Pública, numa altura em que diminuiu o grau de exigência física.
Na carta, o sindicato que representa a carreira dos chefes aponta como possíveis causas para a falta de candidatos os riscos que correm os polícias ao ser “apelidados de agressores, xenófobos ou racistas” e pelos baixos vencimentos, com um ordenado a rondar os 789 euros.
Para este sindicato, o que está a acontecer na PSP “não é uma questão de momento”, mas sim “um problema de futuro”.
“Não é com placebos, não é inventando lugares (Esquadras Complexas) para conseguir promover cúpulas, que a polícia – a tal polícia operacional, a tal polícia que assegura a ordem e tranquilidade pública e o funcionamento institucional e económico – que valoriza os polícias e cria vontade e orgulho em o ser, servindo o seu país, Sr. ministro”, refere ainda o sindicato na carta enviada a Eduardo Cabrita.