14 de Setembro (segunda-feira), pelas 21h30 no Hotel Holiday Inn Porto-Gaia.
Quando o Clube dos Pensadores interrompeu as suas sessões, foi porque já não se justificava a sua intervenção pública pelo debate de ideias e opiniões, todavia passado este tempo, a Covid-19, a insistência de muita gente e a política sedada fez-nos mudar de opinião.
Há um afunilamento de pensamento político em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa num casamento de conveniência com António Costa e uma apatia política provocada pela ideia que para se governar é preciso consenso nacional alargado.
Ora para se governar é preciso sim, uma maioria na Assembleia da República, numa democracia o contraditório e a liberdade de discordar faz parte do seu nobre léxico.
Deste modo, o Clube dos Pensadores pela mão do seu fundador Joaquim Jorge achou por bem, sempre que se justifique realizar uma sessão aqui ou acolá. Não com a cadência e nos moldes anteriores, mas debates pontuais ao longo do tempo.
A vida política tornou-se um show off sem precedentes. A acção política é nos gabinetes que se deve desenrolar, e não, na televisão ou na imprensa em geral.
A vida política tornou-se uma inusitada propaganda a toda a hora e momento. A televisão é Marcelo e Costa à porfia a ver quem parece mais vezes, de quando em quando, para não dizer nada.
Porém quem está em layoff, desempregado ou na iminência de despedimento não deve achar graça nenhuma.
Depois da saída de Mário Centeno e com o imenso dinheiro que vem a fundo perdido da Europa, está em jogo o futuro de Portugal. Encolher os ombros e estar em silêncio não faz parte do nosso DNA.
O medo desta pandemia não nos pode paralisar de pensar e ter ideias. O Novo Banco, o BES, o SNS, a Justiça, a Educação, o domínio do PS na imprensa, a falta de contrapeso do Presidente da República a este governo, entre outros. São questões que nos preocupam.
Portugal precisa de mais oposição, menos unanimismo e mais gente a pensar de forma diferente.
Joaquim Jorge, biólogo e fundador do Clube dos Pensadores, convidou Paula Teixeira da Cruz, advogada e antiga Ministra da Justiça, recentemente, venceu um concurso público internacional no âmbito do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas na elaboração da reforma judiciária de Timor-Leste. Paula Teixeira da Cruz foi uma ministra marcante no governo de Passos Coelho, a justiça em Portugal mudou de paradigma, muitos poderosos e ricos (políticos e gestores) estão ou estiveram presos. Antes, tal não acontecia, havia uma justiça para ricos e outra para pobres. Houve uma verdadeira separação entre o poder político e o poder judicial.
Paula Teixeira da Cruz foi convidada para apresentar o seu livro Notas da Covid-19, mas também, para falar do PSD, Governo, Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa, Rui Rio e da Justiça portuguesa.
Será um momento único, pois Paula Teixeira da Cruz, para além da sua coluna de opinião no Jornal Público tem recusado inúmeros convites para ir à televisão, à rádio ou jornais conceder entrevistas.
Nota: a sala do hotel onde se vai desenrolar a sessão respeita todas as normas de segurança exigidas pela DGS. Distanciamento dos lugares sentados entre si, uso de máscara, sala devidamente ventilada e com um pé direito superior ao normal o que permite a circulação de ar. Entrada ampla que evita ajuntamentos.