Conferência dos dirigentes socialistas nacionais e locais decorreu em Coimbra e “todos” querem um novo aeroporto

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O PS organizou uma conferência com dirigentes nacionais e locais do partido, entre os quais o secretário-geral e o presidente, para debater formas de vencer a pandemia de covid-19, recuperar o país e construir o futuro. O secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, indicou que a conferência agendada para o dia 31 de agosto, em Coimbra, no grande auditório do Convento São Francisco ”teeve em vista prepararmos a resposta política às circunstâncias que o país está a viver”, afirmou, explicando que o enfoque da iniciativa se prende com “vencer a pandemia, recuperar Portugal, construir o futuro”, os “três desafios” para Portugal a curto, médio e longo prazo.
A conferência foi aberta pelo secretário-geral do PS (e primeiro-ministro), António Costa, e a intervenção final coube ao presidente do partido, Carlos César.
Foram endereçados convites a cerca de 390 pessoas, mas o evento decorrerá numa sala com capacidade para 1.300, devido à pandemia.
Autarca de Leiria insiste num aeroporto civil na Base Aérea de Monte Real

O presidente do município de Leiria, Gonçalo Lopes, voltou a defender a Base Aérea de Monte Real para instalar uma infraestrutura aeroportuária que sirva a região Centro, por ser o local mais próximo do Santuário de Fátima.
“Os aeroportos não podem ser uma questão de paróquia”, disse o autarca socialista, que intervinha na conferência do partido que decorre em Coimbra, no final do painel em que foi orador o ministro do Planeamento, Nelson Souza.
Para Gonçalo Lopes, “aquilo que é a preocupação da região é que seja utilizada uma infraestrutura existente, que seja barata, e que seja, sobretudo, preparada em articulação com o ministério da Defesa e próxima, muito próxima daquilo que é o principal polo atrativo turístico da região centro, que é Fátima”.
O autarca disse que Monte Real é o local mais próximo de Fátima e sublinhou que “enquanto a região centro esteve unida neste processo, a solução de Monte Real tornou-se mais forte”. “Se não tivermos essa capacidade de união vamos ter mais dificuldade em afirmar este investimento tão importante para a região Centro”, advertiu o presidente do município de Leiria. Durante a manhã, o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, defendeu a construção de um aeroporto na região Centro, realçando que o município pretende cooperar com o Governo na realização desse objetivo.
“Estamos prontos para cooperar com o Governo na construção de um aeroporto que sirva o desenvolvimento da região e do país”, disse Manuel Machado, ao intervir na abertura da conferência de dirigentes nacionais e locais do PS.
Frisando que importa “ultrapassar equívocos, tabus e preconceitos”, o também presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) lembrou que a região Centro “é a única do país que não dispõe de uma infraestrutura para a aviação comercial”.
“Se a abertura à aviação civil [da Base Área] de Monte Real, almejada há mais de meio século, não é possível e já não serve. Se outras localizações estudadas mais a sul são demasiado problemáticas ambientalmente, onerosas financeiramente e excêntricas geograficamente, aqui – não no meu quintal – estamos prontos para cooperar com o Governo na construção de um aeroporto”, acentuou Manuel Machado.

O PS de Coimbra revindica

O PS de Coimbra, liderado por Carlos Cidade assume esse desejo e diz ainda que é necessário concretizar urgentemente o projeto do Metro Bus, assim como a nova estação ferroviária de Coimbra B ou ainda a reabilitação do tribunal.
Além disso, o PS defende também a mudança da sede do Tribunal Constitucional para Coimbra, assim como da Secretaria de Estado da Saúde.
A requalificação do IP3, a conclusão da A13 e a criação de uma plataforma logística estão também entre as prioridades, assim como uma nova maternidade no Hospital dos Covões.
Sobre os Covões, o PS de Cidade quer a unidade como Hospital Geral Central, incluindo o serviço de urgência.
Entre outras matérias, os socialistas de Coimbra consideram prioritária a qualificação da população e a transição digital, o Estado Social, a Saúde no concelho – com um conjunto de novas ideias e edificados – a reindustrialização do país e a reconversão industrial, assim como as questões da transição energética ou da coesão do território.
O documento realça ainda a Cultura (Coimbra candidata a capital europeia da cultura em 2027), os serviços, turismo e comércio, e um novo paradigma para as cidades e a mobilidade.


Nove municípios do Centro pedem concretização urgente dos IC6,7 e 37

Nove municípios do Centro pediram ao Governo a concretização urgente dos Itinerários Complementares (IC) 6, 7 e 37, e a conclusão do IC12, no âmbito da Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020/2030.
A reivindicação, tomada no âmbito da discussão pública promovida pelo Governo, é feita pelos municípios de Seia e Gouveia (distrito da Guarda), Covilhã (Castelo Branco), Viseu, Carregal do Sal, Nelas e Mangualde (Viseu), e Coimbra e Oliveira do Hospital (Coimbra).
As nove autarquias da região Centro solicitaram ao Governo, no âmbito do processo participativo sobre o documento Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020/2030, do gestor António Costa Silva, a “concretização urgente dos eixos de coesão territorial e desenvolvimento IC6, IC7 e IC37”, designados Itinerários Complementares da Serra da Estrela, bem como a conclusão do IC12, entre Canas de Senhorim e Mangualde (Viseu).
No documento, os autarcas apresentam ao primeiro-ministro António Costa a sua expectativa para que os eixos territoriais de coesão associados aos IC6, 7 e 37 “possam finalmente, com justiça, ser concretizados e assumidos” como “elementos fundamentais de desenvolvimento do vasto território compreendido entre Coimbra, Covilhã e Viseu”.
Justificam que a concretização destes eixos, num investimento global de 500 milhões de euros, “cuja maturidade ao nível dos estudos e projetos permite a prossecução imediata do procedimento concursal de execução, é fundamental para mitigar os défices de integração espacial, económica e social que ainda se verificam nesta área do território regional e são decisivos para o seu desenvolvimento”.
“Só com a resolução do défice estrutural de acessibilidade nestes territórios será possível dinamizar o desenvolvimento socioeconómico da Serra da Estrela e dos eixos urbanos territoriais associados à estrada da Beira e na ligação dos três importantes polos urbanos Coimbra, Viseu e Covilhã”, fundamentam.
Segundo o documento a que hoje a agência Lusa teve acesso, os subscritores consideram também que os IC6, 7 e 37 “são determinantes para proporcionar um novo enquadramento competitivo às empresas instaladas e a instalar, designadamente associados às fileiras do queijo, do calçado e têxteis, do pão, da madeira, dos produtos locais, bem como do acesso dos cidadãos aos serviços de saúde, educação, cultura e desporto”.
Os autarcas apontam ainda a necessidade de o Governo “relevar”, no eixo Carregal do Sal, Nelas e Mangualde, “a necessidade urgente da conclusão do IC12, entre Canas de Senhorim e Mangualde”, uma via “que está para ser construída desde 1990”.

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