Mais de 900 referências de vinhos portuguesas e espanholas marcaram presença no concurso Vinduero-Vindouro, que decorreu em Travanca (Espanha), a poucas dezenas de quilómetros da fronteira portuguesa, no território do Douro Internacional.
“Estiveram 900 referências de vinhos de 11 categorias diferentes provenientes de múltiplas castas ibéricas e onde a maior presença do lado português são vinhos produzidos na Região Demarcada do Douro (RDD). Já do lado espanhol o destaque vai a Ribeira del Duero ou Rueda”, refere o presidente da Associação Vindouro / Vinduero, José Luís Pascual.
Voltando ao concurso, segundo o responsável, 53% dos vinhos apresentados a concurso tem origem de Portugal e outros 47% são oriundos de produtores espanhóis.
“Portugal superou pela primeira vez a participação de vinhos espanhóis, o que é demonstrativo do grande interesse dos produtores portugueses em dar a conhecer os seus vinhos nos grandes mercados internacionais, nomeadamente no país vizinho”, concretizou a o responsável pela entidade promotora dos prémios Vindouro/Vinduero.
A concurso apresentaram-se vinhos de praticamente todas as regiões de origem portuguesa e espanhola, como a Rioja, Toro, Ribeira del Duero, Douro, Dão, Trás-os-Montes, Bairrada, Beira Interior, Alentejo, Setúbal, Algarve, ilhas Canárias, Açores e Madeira, entre outros pontos da península, com produtores de vinhos de mesa, espumantes, cavas ou generosos.
A iniciativa distinguiu os melhores vinhos produzidos em várias regiões vitivinícolas da Península Ibérica numa altura em que o certame atinge a sua 16ª edição.
O júri do concurso é composto por um painel de 60 provadores repartidos em parques iguais por homens e por mulheres ligados ao mundo dos vinhos.
Este concurso teve o seu início em 2004 com 32 vinhos a concurso.
Este ano o concurso sofreu algumas alterações devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, tendo “todas medidas de segurança seguido as orientações das entidades de saúde.
08 “Este é o maior concurso de vinhos na Península Ibérica, em quantidade e qualidade. Não há, em Portugal ou em Espanha, um concurso com esta dimensão. Começámos há 16 anos com pouco mais de 30 referências e este ano conseguimos 900, o que é o nosso recorde “, refere o presidente do Vinduero-Vindouro, José Luís Pascual.
A organização do certame indicou que o júri dos prémios Vinduero-Vindouro é composto para especialistas internacionais em vinhos provenientes de vários países: Portugal, Espanha, França, Itália, Hungria, Uruguai ou China.
“A garantia de ter uma medalha nos prémios Vinduero-Vindouro é sinónimo de portas abertas para o mercado internacional, principalmente na América Latina e outros mercados emergentes como a China”, vincou.
Segundo o responsável, trata-se de um concurso que é complexo, “porque não é fácil ter 90 pontos para se arrecadar uma medalha de ouro, já que o júri é exigente e obriga os produtores a fazer mais e melhor a cada ano que passa”.
Todos os vinhos são classificados através de uma prova cega, com os jurados a avaliarem os mais de 900 vinhos a concurso.