Segundo comunicado emitido pela Câmara Municipal da Ribeira Grande, a construção da Praça do Emigrante entrou em fase de acabamentos, o que permitirá, assim, a inauguração deste espaço público urbano hoje dia 26 de julho.
Deste modo, esta praça contem como elemento central a peça de arte pública “Saudades da Terra”, um “majestoso” globo revestido a pedra de calçada portuguesa, com quatro metros de diâmetro, a nova praça tem a dimensão aproximada de metade de um campo de futebol e, como o nome indica, homenageia os emigrantes açorianos. Este local situa-se na zona litoral da cidade, ao lado novo hotel Verde Mar & Spa e “prolonga” a praça já existente a norte do Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas.
O município ribeiragrandense assinou um protocolo com a Associação dos Emigrantes Açorianos (AEA), para que seja esta associação sem fins lucrativos a assegurar a animação cultural do novo espaço.
A peça de arte pública “Saudades da Terra” foi concebido e em grande parte executada por Luís Silva, domina o amplo espaço devido à imponência do globo que, ainda antes da inauguração, já se tornou local de peregrinação para os fotógrafos. A grandiosidade desta Terra, mais do que dar a ideia da dimensão do planeta onde todos vivemos, mostra a sua pequenez para acolher os sentimentos humanos.
Além do globo, fazem parte da escultura – que tem o mesmo nome da obra-prima de Gaspar Frutuoso, vulto da cultura açoriana do século XVI – a pedra basáltica onde ele está assente, representando a(s) ilha(s), e, ainda, o desenho na calçada em redor, intitulado Shore To Shore, da autoria do artista nativo canadiano Luke Marston, descendente do picoense Portuguese Joe.
A ala sul da Praça do Emigrante é composta pela Calçada dos Mundos, concebida por Liliana Lopes numa clara alusão à hélice do ADN e onde, segundo a artista, “o bater do coração que sustenta o ritmo dos emigrantes se funde com aqueles que irão passar por cima desta calçada”.
Completam a Praça do Emigrante dois murais que poderão ser utilizados como bancos e miradouros do Atlântico. Na face rampeada de um estarão as bandeiras dos principais destinos da emigração açoriana (Bermudas, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América, Havai e Uruguai) e também as bandeiras da Organização das Nações Unidas, de Portugal e dos Açores, todas elas em pedra de calçada.
No outro mural estão a ser colocadas placas personalizadas das pessoas e empresas que se associam a esta homenagem através de donativos.
A Emigração e os Emigrantes fazem parte da Ribeira Grande desde sempre.
PEÇA DE ARTE PÚBLICA SAUDADES DA TERRA
O MUNDO NA ILHA A ILHA NO MAR
O MAR A LIGAR TODOS OS AÇORIANOS ESPALHADOS PELO MUNDO
O GLOBO – A TERRA
Um globo, representando a Terra, com 4 metros de diâmetro, revestido por calçada portuguesa (calcário branco e negro do Continente português).
As Ilhas dos Açores figuram numa escala maior em relação às restantes terras.
O planeta Terra é também o nosso cantinho. É onde todos vivemos e, apesar de ser grande, é pequeno para os sentimentos humanos.
A PEDRA – A ILHA
O globo assenta numa pedra de basalto negro, representando a Ilha, com 1,4 metros de altura e 3,5 metros de diâmetro, com forma irregular. A pedra simboliza a Ilha, as Ilhas os Açores.
O MAR – COSTA A COSTA
O desenho do piso da área envolvente tem 10 metros de diâmetro e é da autoria do artista Luke Marston, pertencente ao povo Salish, da Ilha de Vancouver, no Canadá.
O desenho já faz parte de uma peça de arte pública desenvolvida por Luke Marston para honrar os seus antepassados, incluindo Portuguese Joe Silvey (José Simas), um baleeiro, um aventureiro, um pioneiro e, para os seus muitos descendentes, um homem de família.
As ondas do mar que se entrelaçam simbolizam as que batem na costa das Ilhas dos Açores e as que batem na costa de todos os continentes e ilhas onde param Açorianos.
A utilização deste desenho no Projeto Saudades da Terra foi muito gentilmente oferecida por Luke Marston, em reconhecimento do apoio que várias entidades Açorianas deram ao projeto Shore to Shore.
IMPLANTAÇÃO
A peça fica implantada no centro da Praça do Emigrante, com área aproximada de 4.000 m², localizada em frente ao Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, na cidade da Ribeira Grande, Ilha de São Miguel, Açores. Entre a zona de praia e a Praça e o Centro não há obstrução visual, a fim de destacar a peça, a Praça e o mar.
O piso da Praça simboliza o mar, executado em calçada portuguesa branca.
AGRADECIMENTOS
O projeto já teve o apoio voluntário de muitas pessoas. A elas e a todos os que se juntarem a esta homenagem ao Emigrante Açoriano, o nosso sincero obrigado.
Um agradecimento especial à Associação de Emigrantes Açorianos e à Câmara Municipal da Ribeira Grande por terem apoiado o projeto desde o início. LUÍS SILVA
Mensagem do Presidente da Câmara de Ribeira Grande
Atento a este fenómeno, o Município quer viver de braço dado com todos os que partiram, por opção ou por necessidade, mas não se esquecem da terra natal.
Acolhemos a sede da AEA-Associação dos Emigrantes Açorianos, uma ponte entre a Diáspora e a terra-mãe.
Já tínhamos erguido o Museu da Emigração Açoriana, um espaço de memória, história e cultura da nossa Diáspora.
Criámos o Gabinete de Apoio ao Emigrante para todos os que pretendem investir no concelho e precisam de encontrar uma porta de entrada.
Estamos na linha da frente, mas faltava uma homenagem em grande a todos os Emigrantes.
Chega com esta imponente Praça do Emigrante, um espaço amplo, onde queremos que todos sintam o orgulho e o carinho que temos pelos nossos Emigrantes.
O centro da Praça do Emigrante é ocupado pela peça de arte pública Saudades da Terra, a mesma expressão que Gaspar Frutuoso – o nosso primeiro Emigrante ilustre, filho da Ilha de São Miguel e vigário da então vila da Ribeira Grande – utilizou no século XVI, para resumir um sentimento maior, comum aos Emigrantes.
A obra é dedicada a todos os Ribeira-grandenses e Açorianos que, ao longo destes séculos, sentiram saudades da terra.
ALEXANDRE BRANCO GAUDÊNCIO
Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande
Mais informação pode ser consultada no site pracadoemigrante.cm-ribeiragrande.pt.
Fontes site e https://norevista.pt/author/sara-borges/
Edição António Freitas/Mundo Português
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