Duas peças de escultura barroca cuja restauração foi financiada pela Fundação Luso, ligada à Sociedade da Água de Luso (SAL), já podem ser visitadas no altar-mor do Convento de Santa Cruz do Bussaco, foi anunciado.
A intervenção de conservação e restauro das peças de arte sacra começou em 2019, representou um valor a rondar os oito mil euros e foi financiada pela Fundação através da “receita gerada pelos visitantes da exposição da edição de 2019 sobre a “Cultura e Tradições do Concelho da Mealhada”, patente no Casino do Luso.
A escultura do Profeta Santo Elias, datada do século XVII – XVIII e enquadrada no estilo da escultura barroca, foi a primeira a ser restaurada, ainda em 2019.
Segundo foi divulgado pela Fundação Luso, “apresentava vários problemas de conservação e a intervenção realizada foi preferencialmente de conservação, tendo nas zonas mais degradadas sido realizados alguns restauros da policromia de modo a que não se perdesse a leitura da peça”.
O processo de conservação e restauro foi levado a cabo pelo Laboratório de Conservação e Restauro do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, da Direção Regional da Cultura do Centro.
Mais recente é o restauro de uma peça de arte sacra de São João da Cruz, datada dos séculos XVII – XVIII e enquadrada no estilo da escultura barroca.
“Apresentava vários problemas de conservação, nomeadamente destacamentos de suporte e de policromia. A intervenção seguiu os procedimentos da conservação e da conservação preventiva, tendo sido realizadas a desinfestação, a limpeza, a fixação de policromias, a colagem de elementos do suporte que se encontravam destacados, foram realizados preenchimentos de matéria, como intervenção preventiva, tendo estes recebido integração pictórica de modo a que não se perdesse a leitura da peça”, resume a Fundação.
A intervenção começou no início deste ano e ficou concluída há poucos dias.
“É com grande orgulho que vemos a recuperação do São João da Cruz, uma peça de arte com incomensurável valor cultural, histórico e patrimonial”, sublinha Nuno Pinto de Magalhães, presidente da Fundação Luso, acrescentando que vão ser feitas novas restaurações de figuras sacras, sempre financiadas pelas receitas das entradas no Casino da vila termal, propriedade da SAL.