A Parques de Sintra, empresa pública que gere os monumentos e parques do concelho, está a propor experiências ao ar livre que recuperam as antigas vivências dos jardins históricos sob sua gestão.
E a primeira arranca já a 27 de junho, no Dia Internacional do Piquenique. O objetivo é realizar um sábado por mês, entre junho e setembro, o ‘Dia do Piquenique’, nos Parques da Pena e de Monserrate e nos Jardins de Queluz.
Dessa forma, para além de 27 junho, o Dia do Piquenique’ vai acontecer a 29 agosto e 26 setembro.
A atividade “proporciona a possibilidade de usufruir dos ambientes ao ar livre dos jardins históricos sob sua gestão, através de um serviço de piquenique com reserva exclusiva do espaço, em dias especiais”, propõe a Parques de Sintra.
Os piqueniques serão servidos pela Parques de Sintra num cesto, com toalha, mantas e utensílios e com reserva exclusiva do espaço, ao ar livre e em segurança, que pode ser associada a outras atividades e serviços.
A atividade está disponível para duas pessoas e para famílias. “Para garantir a qualidade da experiência, o distanciamento dos grupos e acautelar as indispensáveis condições de segurança, a capacidade de cada local é limitada, sendo necessário fazer reserva até às 12h da quarta-feira anterior”, sublinha a empresa.
Recuperar antigas vivências
O conteúdo do cesto de piquenique obedece ao tema rústico regional e inclui sumo de fruta natural, o tradicional pão com chouriço da região saloia, quiche, sandes de lombo, salgados, salada, e fruta já preparada, não podendo faltar as indispensáveis queijadas de Sintra.
A estes e outros alimentos e bebidas já incluídos no cesto base, podem ser acrescentados quaisquer outros artigos disponíveis nas cafetarias da Parques de Sintra.
O Piquenique poderá, igualmente, ser associado à reserva de outras atividades ou experiências, como por exemplo, passeios em charrete ou de pónei no Parque da Pena ou programas de aniversário e atividades temáticas no Parque de Monserrate.
“Esta nova proposta da Parques de Sintra insere-se na missão da empresa de recuperar as antigas vivências do património que gere, oferecendo-as ao público de hoje”, explica numa nota.
No século XIX, os piqueniques eram uma forma de viver os jardins, em comunhão com a natureza. A experiência era usualmente partilhada em família e com os círculos mais íntimos de amizade, como o demonstram, não só, fotografias e relatos da época, como alguns objetos que sobreviveram até aos dias de hoje.
No Chalet da Condessa d’Edla, no Parque da Pena, está exposto o cesto de piquenique que a segunda mulher de D. Fernando II usava para fazer as suas refeições neste jardim.
Numerosas fontes documentais descrevem os piqueniques que a família Cook fazia na relva, de acordo com a tradição inglesa, nas temporadas estivais que passava na sua propriedade de Monserrate.
Já no Palácio Nacional Queluz, concebido como palácio de verão para a corte portuguesa setecentista, os exteriores eram intensamente vividos através de sofisticados festejos que incluíam, naturalmente, refeições ao ar livre.