Vários projetos de investigação na área de biotecnologia levam a Escola Superior de Saúde do IPG a lançar, já em setembro, uma licenciatura em Biotecnologia Medicinal, revela o Instituto Politécnico da Guarda, informando que esta é a primeira oferta na região Centro que junta a Engenharia à Medicina e a segunda a nível nacional.
“O IPG está a fazer uma forte aposta na investigação ligada à biotecnologia através do desenvolvimento tridimensional de dispositivos médicos para a regeneração da pele e de produção de lentes de contacto com nanosistemas de libertação controlada de fármacos”, refere uma nota enviada ao’Mundo Português’ por aquela por aquela instituição de ensino superior.
Paula Coutinho, professora e investigadora no IPGo sublinha que a Biotecnologia Medicinal “é considerada uma área emergente que num futuro próximo irá contribuir fortemente para a resolução rápida e eficaz dos novos desafios da medicina, da indústria farmacêutica e para prolongar a esperança de vida”.
A investigadora, que será a coordenadora do curso, explica que esta nova área do saber permite “fazer diagnósticos precoces, investigar novos tratamentos para necessidades médicas não atendidas e lançar terapêuticas inovadoras que poderão ter um impacto decisivo na vida dos pacientes”.
Para Joaquim Brigas, presidente do IPG, a nova licenciatura é a concretização de um dos objetivos delineados e uma aposta estratégica do Politécnico da Guarda na área da saúde.
“Esta formação será uma vantagem competitiva no mercado dos cuidados de saúde e da indústria, que tem procurado licenciados para responder a desafios como as constantes epidemias da atualidade, as mutações de vírus ou as bactérias que antes estavam controladas”.
Curso terá três anos e componente prática
A nova licenciatura da Escola Superior de Saúde do IPG, com duração de três anos, forma quadros para a prevenção precoce de doenças graves e malignas e para a produção e transformação de novos produtos biomédicos e sistemas terapêuticos emergentes, com aplicação na medicina regenerativa e personalizada.
Da química à biologia, passando pela engenharia de tecidos e toxicologia, estas são algumas das áreas disponíveis nesta licenciatura.
O último semestre do curso terá uma vertente prática, através da realização de um estágio curricular em contexto laboral em hospitais, centros de investigação, empresas da indústria farmacêutica ou instituições ligadas à biotecnologia parceiras do IPG. Joaquim Brigas avança que todos os docentes que irão lecionar esta nova licenciatura “são doutorados e a maioria tem desenvolvido investigações nas áreas de ciências biomédicas”.
Entretanto, o IPG afirma-se como a terceira instituição de ensino superior que mais estudantes internacionais recebe em Portugal, tendo acolhido 336 novos alunos estrangeiros no atual ano letivo
Surge logo a seguir ao Instituto Politécnico de Bragança, numa lista liderada pela Universidade do Porto que recebeu 595 novos estudantes internacionais.
“Um dos grandes objetivos do Politécnico da Guarda é o crescimento e afirmação da instituição enquanto polo dinamizador do desenvolvimento da região”, assume Joaquim Brigas.
Ana Grácio Pinto