Deputado do PSD questiona Governo sobre reconversão do IP3 em autoestrada

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O deputado do PSD Carlos Peixoto, eleito pelo círculo eleitoral da Guarda, questionou o Governo sobre as obras em curso no Itinerário Principal 3 (IP3) e a reconversão daquela via em autoestrada.

Carlos Peixoto enviou uma pergunta ao ministro das Infraestruturas e da Habitação, através da Assembleia da República, a perguntar “quando vão terminar as obras de asfaltamento do IP3” e “quando irá começar a duplicação ou reconversão em autoestrada dessa mesma via, já prometida e anunciada pelo Governo mais do que uma vez”.

No documento, o social-democrata refere que o Governo “parece tratar questões que lhe são colocadas pelos deputados e pelo órgão de soberania Assembleia da República (AR) com a mesma displicência com que trata os utentes do IP3 e a população da corda da Serra da Estrela”.

Lembra que através de pergunta dirigida no dia 03 de janeiro ao ministro das Infraestruturas, os deputados do PSD dos distritos da Guarda, Viseu e Coimbra “questionaram quando terminariam as atuais obras do IP3, quando seria esta via reconvertida em autoestrada, e se o Governo iria ou não dar continuidade à construção do IC6, até ao nó de Folhadosa, em Seia, e depois à construção do denominado IC7, entre Seia e Celorico da Beira, distrito da Guarda”.

“A nada disso o Governo deu resposta, não obstante o artigo 229 nº. 3 do Regimento da AR estabelecer um prazo de 30 dias para o efeito, numa regra que deveria ser levada a sério, por se destinar a valorizar a ação do Parlamento, a tornar eficaz a fiscalização da ação do Governo e a levar ao conhecimento dos eleitores informações sobre matérias que lhes dizem respeito”, lamenta.

Segundo o deputado, as obras de asfaltamento do IP3 “arrastam-se penosamente” e, numa via “estruturante para o centro do país, com um tráfego intenso de veículos pesados de mercadorias, ligeiros, e ambulâncias em emergência, os trabalhos ocorrem numa impressionante e indesculpável lentidão, que nem a covid-19 explica, até porque a maioria (senão a totalidade) das empresas de construção civil não reduziram a sua atividade”.

Sobre as obras dos IC6 e IC7, Carlos Peixoto aponta que “era razoável que o Governo ponderasse eleger esses projetos como prioritários e decidisse de uma vez por todas, sem ilusões ou sem uma falsa gestão de expectativas das populações, se quer ou não e se vai ou não realizar esses investimentos, tornando mais competitiva uma região que precisa de investimento público como de ‘pão para a boca'”.

“O Governo vai ou não executar as obras de conclusão do IC6, até Seia, distrito da Guarda e conta ou não efetivar depois a ligação à A25, via IC7, atravessando os concelhos de Seia, Gouveia e Celorico da Beira? Em caso afirmativo, com que calendarização?”, pergunta.

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