O ministro das Infraestruturas e da Habitação disse que Arouca “ganhou o direito” de ver concretizada a ligação do Parque de Negócios de Escariz à Autoestrada 32 (A32), que é parte de uma obra reclamada há 20 anos.
Em causa estão assim mais 7,1 quilómetros de estrada para a variante entre Arouca e Santa Maria da Feira, concelhos do distrito de Aveiro.
Pedro Nunos Santos participa esta tarde na cerimónia de Consignação da Empreitada da Ligação do Parque de Negócios de Escariz à A32; EN326/IC32 – Escariz, uma obra aguardada pela população há mais de 20 anos.
“Aquilo que vamos fazer em Arouca é aquilo que ninguém tinha feito antes. No passado prometeu-se muito fazer a estrada, ninguém fez. Vamos fazer nós”, afirmou o governante aos jornalistas esta manhã, durante uma viagem de comboio entre o Porto e a Régua.
O ministro salientou que o Governo não está a fazer nenhum favor a Arouca, que ganhou o direito a ser respeitada pelo país.
“Arouca tem conseguido um desenvolvimento extraordinário nas últimas décadas com as dificuldades de acessibilidade que tem e, portanto, ganhou o direito a ser respeitada e a ter este investimento, e nós vamos concretizá-lo”, concluiu.
De acordo com a Câmara de Arouca, dos 15 quilómetros reclamados pela população, cerca de oito quilómetros continuam por construir. Este troço da estrada faria a ligação entre o Parque de Negócios de Escariz ao troço da variante que já existe há mais de 20 anos, mas que continua por concluir.
No dia 21 de abril, a Câmara de Arouca revelou que o Tribunal de Contas aprovou a ligação do Parque de Negócios de Escariz à A32.
À data, e segundo a autarquia, o parecer favorável à obra de 30,4 milhões de euros constituiu assim “mais um passo no processo de construção da ligação viária do Parque de Negócios de Escariz à A32, o que possibilitará dar continuidade à variante de ligação da vila aos grandes eixos do litoral”.
A solução encontrada para dar resposta ao problema foi evidenciar a perspetiva económica do projeto, uma vez que o recente parque empresarial de Escariz precisava de um acesso mais ágil às principais estradas do litoral.
Depois de o Governo aprovar o projeto, esse foi sujeito no final de 2018 a um primeiro concurso público que ficou deserto, por envolver um valor base de adjudicação na ordem dos 26,4 milhões de euros e nenhum concorrente apresentar planos dentro desse orçamento, considerado insuficiente.
Após uma atualização de preços, em maio de 2019 o procedimento foi relançado com um valor máximo de 32,4 milhões de euros e o concurso foi depois ganho pelo consórcio constituído pelas empresas Ferrovial Agroman S.A. e Alberto Couto Alves S.A., que se propôs concretizar a obra por 30,4 milhões.
A Câmara Municipal de Arouca prevê agora “que a consignação da mesma se faça ainda no decurso do primeiro semestre do corrente ano, segundo informou a Infraestruturas de Portugal”, após o que a empreitada terá um prazo de execução de 870 dias.
Segundo revelou a autarquia à Lusa, prossegue, entretanto, a expropriação de “cerca de 250 parcelas de terreno” para o efeito, num investimento ainda por fechar, mas que acresce aos 30,4 milhões da empreitada física e que também será suportado pela Infraestrutura de Portugal.
Arouca ganhou o direito a ver concretizada ligação de Escariz à A32 – Ministro
