A Câmara de Lisboa vai distribuir máscaras a pessoas com carências socioeconómicas e idosos isolados.
Segundo uma proposta hoje aprovada na reunião do executivo camarário, e apresentada pelo CDS-PP, será criado nas instalações de cada Junta de Freguesia um local para “levantamento gratuito de máscaras por pessoas com carências socioeconómicas”.
Serão também ser entregues máscaras em casa das pessoas sinalizadas pelo Projeto Radar, em colaboração com as juntas e com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
A entrega destes equipamentos de proteção “deve ser acompanhada, sempre que possível, de uma explicação relativa à forma como deve ser usada”, é referido na proposta.
Estes três pontos do texto apresentado pelo CDS-PP foram aprovados por unanimidade.
Os centristas propunham ainda a entrega de máscaras, por parte da Polícia Municipal, “a quem circule na via pública sem máscara, nomeadamente pessoas em situação de sem-abrigo e idosos”, mas este ponto foi chumbado com os votos contra do PS e do BE, a abstenção do PCP e os votos favoráveis do CDS-PP e do PSD.
No texto, os vereadores do CDS-PP salientavam que, de acordo com a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), “as pessoas com baixos rendimentos e baixa escolaridade são as que reportam ter mais dificuldades em comprar máscaras e em utilizá-las adequadamente, e, simultaneamente, este é o grupo que mais precisa de sair de casa para exercer a sua atividade profissional”.
Notando que o presidente da autarquia, Fernando Medina (PS), informou o restante executivo no final de abril de que dispunha de 1,6 milhões de máscaras cirúrgicas “que estavam a ser distribuídas por instituições, bombeiros e serviços da autarquia que contactam diretamente com a população”, o CDS-PP reforçava que, “além destes, importa garantir a quem, por insuficiência de rendimentos, não consegue comprá-las em farmácias e supermercados”.
Na reunião privada do executivo realizada esta manhã foi também aprovada por unanimidade outra proposta do CDS-PP para que a Câmara de Lisboa adquira aos livreiros da cidade obras de autores portugueses e as ofereça aos alunos do 1.º e 2.º ciclos para assinalar o Dia Mundial da Criança.
“Comemora-se, no próximo dia 01 de junho, o Dia Mundial da Criança, este ano assinalado de maneira muito diferente, com distanciamento físico e limitação nas atividades habitualmente organizadas pelas escolas e creches”, lê-se na proposta.
Por isso, defendeu o CDS-PP, a autarquia deve assumir um “papel ativo e empenhado” na adoção de medidas que contribuam para a reabilitação do tecido empresarial da cidade e assinalar o Dia Mundial da Criança deste ano com a compra e oferta de livros infantis e juvenis, de autores portugueses, às crianças que frequentam o 1.º e 2.º ciclos de ensino (1.º a 6.º anos).
Lisboa vai distribuir máscaras a pessoas com carências socioeconómicas
