O presidente do PSD afirmou hoje que aquilo que o Governo tem desenhado para a primeira fase do período pós-estado de emergência é que abram “lojas de rua de tamanho mais reduzido”, estando os restaurantes para já excluídos.
No final de cerca de duas horas de reunião com primeiro-ministro, Rui Rio foi questionado sobre qual o plano do executivo.
“Não me compete a mim dizer aquilo que o Governo vai fazer nem me compete a mim dizer tudo aquilo que lá dentro o Governo nos disse, até porque o Governo ouviu o PSD, nós fizemos as nossas sugestões também relativamente à forma como as coisas podem abrir, e vai ouvir agora sugestões dos outros partidos e depois há de haver um modelo final e nesse é que depois havemos de dar a nossa opinião”, começou por referir.
António Costa recebeu hoje todos os partidos com assento parlamentar para uma ronda de audições sobre o calendário e plano de retoma devido à pandemia de Covid-19.
Aos jornalistas, após o encontro, o líder do PSD adiantou que aquilo que “grosso modo está desenhado é abrirem agora algumas lojas de rua de tamanho mais reduzido”, mas questionado sobre se os restaurantes poderão abrir também a 04 de maio respondeu que “ainda não”.
“Não as grandes lojas, mas aquelas onde não há grandes acumulações de pessoas e depois ir gradualmente, a 18 de maio, alargar o tipo de lojas que podem abrir. Em paralelo também mais alguns negócios. barbeiros, cabeleireiros, mas isso eu acho que deve ser o primeiro-ministro e o Governo a dizer aquilo que vão fazer e acima de tudo em definitivo”, respondeu.
Questionado sobre para quando está prevista a reabertura dos restaurantes, o líder social-democrata referiu que estes “não vão ficar fechados a vida inteira” e admitiu que podem abrir na segunda fase e “de uma forma equilibrada”.
“Acho que eticamente não é correto ser eu estar aqui a dizer o que o Governo se propõe fazer”, referiu.
De acordo com Rui Rio, o PSD sugeriu que a “utilização obrigatória de máscaras em lojas, em espaços fechados”. “O governo acolheu esta nossa sugestão. Não sei se no fim do dia ela fica ou não fica”, adiantou.
Em Portugal, morreram 973 pessoas das 24.505 confirmadas como infetadas, e há 1.470 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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