A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) revelou que efetuou recolhas de amostras da planta aquática que surgiu no troço internacional do rio Tejo e nos seus afluentes Ponsul e Aravil, e admitiu a sua remoção mecânica.
A associação ambientalista Quercus denunciou a presença anormal de uma quantidade massiva de plantas aquáticas invasoras numa extensão de vários quilómetros no troço internacional do rio Tejo e nos seus afluentes, rios Ponsul e Aravil.
“Nos últimos anos, aumentou a regularidade e a intensidade destes fenómenos, contribuindo ainda mais para a degradação da qualidade de água do rio Tejo. Este tipo de fenómenos são indicadores de desequilíbrios nos ecossistemas e são uma consequência da poluição, levando assim à eutrofização dos rios e provocando uma acentuada degradação da qualidade das massas de água”, sustentou o núcleo regional de Castelo Branco da Quercus.
Em comunicado, a APA explica que “estas ocorrências são recorrentes nestas massas de água, dado que os esporos podem permanecer de uns anos para os outros, sendo embora temporários, pelo que tenderão a desaparecer”.
A Agência sublinha que o ‘bloom’ de Azolla ocorrido em 2018/2019, com uma extensão semelhante à atual, “não colocou em causa a sobrevivência das comunidades aquáticas e ribeirinhas, nomeadamente da fauna piscícola e das comunidades”.
Contudo, adianta que tem vindo a monitorizar a albufeira de Cedillo (seis vezes por ano) e o rio Ponsul (trimestralmente desde 2014 e mensalmente desde abril de 2019), e a realizar ações de fiscalização, “no sentido de identificar sentido eventuais descargas indevidas”.
A APA admite, caso seja necessário, realizar uma intervenção para remoção mecânica destas plantas aquáticas e adianta que tem previstas ações de reabilitação da galeria ribeirinha no rio Ponsul, no sentido de reduzir o ‘input’ de nutrientes para o curso de água.
APA admite remoção mecânica da planta aquática que invadiu o Tejo Internacional
