O objetivo é criar equipas com competências para trabalhar com grupos de risco nos centros de emergência que a Câmara de Lisboa criou para auxiliar pessoas vulneráveis durante a pandemia do novo coronavírus.
O Iscte – Instituto Universitário de Lisboa vai selecionar, a pedido da autarquia, 50 candidatos para “acompanhar as necessidades sociais dos utentes e articular o seu trabalho com as equipas de saúde”, informa numa nota enviada ao ‘Mundo Português’.
“A investigação e o ensino do Iscte na área das ciências sociais, assim como a sua experiência na formação de quadros para programas de ação humanitária, estiveram na base da sua escolha pela Câmara de Lisboa para selecionar os candidatos mais capacitados para trabalhar com grupos de risco durante a emergência social”, justifica o Institutto.
Os 50 profissionais que vão trabalhar em centros de emergência de apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade social e económica elevada, particularmente sem-abrigo, durante a crise do Covid-19.
O Iscte vai dar preferência aos que tenham experiência de trabalho ou voluntariado com pessoas em situação de vulnerabilidade social e económica, ou que sejam estudantes ou antigos estudantes do Iscte na área das ciências sociais e humanas.
O Clube Nacional de Natação (com capacidade para 45 homens), o Pavilhão Municipal Casal Vistoso (com capacidade para 100 pessoas), o Pavilhão da Tapadinha (40 pessoas) e a Casa do Lago (20 pessoas), transformaram-se em centros de acolhimento de emergência para pessoas em situação de sem abrigo, durante a epidemia de Covid-19.
A Câmara de Lisboa criou centros de acolhimento de emergência “para assegurar uma resposta social aos públicos mais vulneráveis durante este período de pandemia”, explcia a nota do Iscte, acrescentando que os espaços estão abertos 24 horas por dia, exigindo, por isso, apoio técnico especializado e constante.
O acompanhamento das necessidades dos utentes, a articulação com as equipas de saúde presentes nos centros de emergência e a gestão logística necessária à concretização das finalidades sociais dos centros, são algumas das funções que os 50 profissionais vão desempenhar.
Vão receber equipamento de proteção individual adequado às funções a prestar e ao risco concreto de exposição, de acordo com os procedimentos de prevenção, controlo e vigilância definidos. O iscte prevê que os contratos de trabalho tenham uma duração entre três a seis meses.
O formulário de candidatura do Iscte para profissionais que irão trabalhar em centros de emergência está disponível em https://www.iscte-iul.pt/noticias/1635/iscte-seleciona-profissionais-para-centros-de-emergencia-cml
Ana Grácio Pinto