O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) considerou “ultrapassado e sanado” o “erro” da PSP por ter identificado um militar armado numa desinfeção a um lar em Vila Real, em março.
O “tema muito sensível” foi comentado pelo almirante Silva Ribeiro durante uma audição, a pedido do PS, na comissão de Defesa Nacional, na Assembleia da República, sobre a participação dos militares no combate à pandemia de covid-19 em Portugal.
Depois de perguntar se havia jornalistas na sala e de saber que a reunião era aberta, o almirante explicou o incidente, sustentou as suas posições em pareceres de juristas do Estado-Maior-General para concluir que a PSP extravasou “legalmente as suas competências” ao identificar o comandante da força que estava a fazer um perímetro de segurança a um lar de idosos, em Vila Real, em 31 de março.
Os militares formaram, armados, um cordão de segurança à volta do lar durante a desinfeção do local onde estavam vários idosos doentes.
O CEMGFA explicou que não comentou o caso antes para “preservar a dignidade” o diretor nacional da PSP que, após o incidente, lhe telefonou “a pedir desculpa”.
“O problema do país é a covid, não é uma crise entre as forças armadas e as forças de segurança”, disse, garantindo que “foi um lapso, não houve problema nenhum” e que este não é altura para “andar em guerras de capelinhas”.
Chefe do EMGFA considerou“ultrapassado e sanado” o “erro” da PSP por ter identificado um militar armado numa desinfeção a um lar em Vila Real
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