A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) deu início à fase de audiência prévia da reclassificação do Mosteiro de Santa Maria de Coz a monumento nacional, divulgou a Câmara de Alcobaça.
A reclassificação do Mosteiro de Santa Maria de Coz, e suas dependências, como monumento nacional “resulta de um trabalho moroso e árduo de décadas do qual o município nunca desistiu para que se fizesse justiça a um dos mais belos patrimónios do concelho de Alcobaça”, afirma a câmara, num comunicado.
Com o despacho da DGPC fica aberto o período de Consulta Pública para ultimar a decisão relativa à ampliação da classificação e à reclassificação, a categoria de monumento nacional.
A câmara promoveu ainda a integração de Coz na Rota das Abadias Cisterciences e tem desenvolvido dinâmicas culturais, em parceria com a Junta de Freguesia e os agentes da comunidade local, refere o comunicado, acrescentando que assim o tem justificado o elevado valor artístico, científico e histórico, bem como o elevado potencial cultural e turístico do monumento.
“Estas ações de envolvimento local foram particularmente sublinhadas pela Secção do Património Arquitectónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura, contribuindo para um parecer favorável desta, relativamente ao processo de reclassificação”, recorda a autarquia no comunicado em que sublinha “o elevado valor artístico, científico e histórico”, bem como “o elevado potencial cultural e turístico” do monumento.
Quando for concluído o processo de classificação, a Igreja de Santa Maria de Coz passará a ser o quarto Monumento Nacional do Concelho de Alcobaça e incluirá a parte ainda existente do dormitório e as restantes dependências do mosteiro.
Fundado em 1279, o Mosteiro de Santa Maria de Coz tornou-se, no século XVI, um dos mais ricos mosteiros femininos da Ordem de Cister em Portugal.
A Igreja e a Sacristia, com os seus anexos e alguns vestígios do dormitório e do celeiro, congregam ainda hoje criações artísticas do barroco.
A candidatura a Monumento Nacional foi submetida em 2015 ao Ministério da Cultura, tendo o procedimento de reclassificação sido aberto pela DGPC em março de 2017.