Pessoas mais expostas à poluição interior e mais suscetíveis aos pólenes

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A Organização Mundial da Alergia advertiu que o confinamento em casa por prevenção da covid-19 expõe mais as pessoas à poluição interior e avisou que quando voltarem a sair regularmente irão sentir uma maior agressão dos pólenes.

As pessoas com alergia têm de saber como podem controlar a doença e a medicação que devem fazer até pelo facto de estarem mais tempo em casa expostos aos ácaros, aos alérgenos dos animais, à poluição que se faz quando se cozinha ou fuma e as casas não estão bem ventiladas, defendeu o secretário-geral da Organização Mundial da Alergia, Mário Morais de Almeida.

“Apesar de estarem mais tempo em casa, eventualmente, os alérgicos estarão um bocadinho mais sensíveis e mais suscetíveis” e “essa suscetibilidade, nesta altura do ano, vai agravar-se quando estiverem no exterior expostos aos pólenes”, afirmou.

O alergologista advertiu que “tem chovido bastante” e tem havido “bastante vento”, mas quando o tempo estiver mais seco vão existir concentrações de pólenes que serão muito elevadas.

Sobre os impactos que a redução dos níveis de poluição na atmosfera pode ter na quantidade de pólenes que as plantas libertam, o especialista explicou que não se vão desenvolver tanto.

“Vamos ter por um lado pessoas a ser menos agredidas pela poluição, mas por outro lado os pólenes das plantas não se vão desenvolver tanto”, adiantou.

Segundo o especialista, as plantas lançam mais pólenes na atmosfera quando existe mais poluição e são “mais agressivos”.

“A poluição faz com que os pólenes alterem a sua conformação, faz com que eles fiquem mais pequeninos e com zonas que são mais irritativas, mais alergénicas e provocam reações imunológicas anda maiores”, sustentou.

Portanto, há aqui um equilíbrio: “as pessoas vão estar mais sensíveis porque estão mais tempo em casa expostos à poluição no interior de casa e no exterior vão encontrar grandes níveis de pólenes”, mas não tão altos como se houvesse elevados níveis de poluição exterior, nomeadamente a causada pelo trânsito, que nos meios mais urbanos é “muito agressiva”.

“Mas temos que estar atentos porque (…) como não estamos a ir à rua regularmente, não temos muita tolerância. Assim, cada vez que sairmos a agressão pelos pólenes vai ser muito grande porque não nos vamos acostumando”, advertiu.

Mário Morais de Almeida adiantou que nesta altura do ano as alergias atingem entre 20 a 25% da população, que deve fazer a medicação antialérgica para andar “o mais controlado possível” principalmente nesta época de pandemia covid-19.

“É bom que as pessoas estejam mesmo controladas para não haver confusão entre quais são os sintomas da alergia, da infeção pelo novo coronavírus ou de uma constipação”, aconselhou.

“Se as pessoas vão para a rua e se estão constantemente a tossir ou a espirrar devido à rinite ou à asma gera-se uma grande confusão” e, por outro lado, também pode representar um perigo porque se a pessoa tiver covid-19 e estiver assintomática pode espalhar o vírus e anda-se num “ciclo que não é desejável”.

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