A ultima Ceia foi a tradição Judaica que Cristo escolheu para se despedir dos apóstolos, como simbolismo da despedida da “velha igreja” para o Cristianismo que revolucionaria os tempos que se anunciavam.
Nas línguas de origem grega e latina, o nome utilizado para Páscoa é um termo utilizado originalmente para designar um festival judaico comemorando o Êxodo do Egipto e conhecido em português como Páscoa judaica. Já nos primeiros anos da década de 50 do século I, o apóstolo Paulo, escrevendo de Éfeso aos cristãos de Corinto utilizou o termo para fazer referência a Cristo e é improvável que os efésios e coríntios tenham sido os primeiros a ouvir o Êxodo interpretado como uma referência à morte de Jesus e não a um ritual de passagem judaico. Importância teológica
O Novo Testamento ensina que a ressurreição de Jesus, celebrada pela Páscoa, é o fundamento da fé cristã. A ressurreição estabeleceu Jesus como sendo Filho de Deus e é citada como prova de que Deus irá julgar o mundo com justiça. Deus «regenerou os cristãos para uma esperança viva pela ressurreição de Jesus Cristo dos mortos» . Estes, pela fé na obra de Deus, são espiritualmente ressuscitados com Jesus para que possam seguir para uma nova vida eterna.
A Páscoa está assim ligada à Páscoa judaica e ao Êxodo, relatado no Antigo Testamento, através da Última Ceia e a crucificação que precederam a ressurreição. De acordo com o Novo Testamento, Jesus deu à refeição pascal um novo significado, pois ele preparava os seus discípulos para a sua morte quando durante a ceia no cenáculo, relacionou o pão e o vinho como sendo seu corpo que logo seria sacrificado, e seu sangue, que seria derramado os todos os crentes.
Desta forma Cristo assume-se como corpo místico da igreja, ele que já tinha falado das pedras vivas que compunham a sua igreja, e desta forma democratizou a fé que estava a criar, que permitia a todos os crentes comungar do corpo e do sangue do próprio filho de Deus feito homem.
O apóstolo Paulo compõe uma alegoria diferente, ao escrever nas suas epístolas “Purificai o velho fermento, para que sejais uma nova massa, assim como sois sem fermento. Pois, na verdade, Cristo, que é nossa Páscoa, foi imolado.” Uma interpretação do Por outro lado o envangelho de João é que Jesus, como cordeiro pascal, foi crucificado, grosso modo, no mesmo horário que os cordeiros estavam sendo sacrificados no Templo. As instruções na Bíblia especificam que ele deve ser imolado «a tardinha» (Êxodo 12:6), ou seja, no crepúsculo. No período romano, porém, os sacrifícios eram realizados no meio da tarde, e segundo a tradiçáo Cristo exalou o úktimo suspiro às três da tarde.