Linhas de crédito são amanhã alargadas a empresas do comércio e transportes

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A Comissão Europeia autorizou o alargamento do montante das linhas de crédito em Portugal, com garantia de Estado, e dos setores abrangidos. A autorização envolve cerca de 13 mil milhões de euros.
As empresas dos setores do comércio e serviços e dos transportes vão ter acesso às linhas de crédito anunciadas pelo Governo no âmbito da crise de Covid-19, anunciou ontem o ministro da Economia.
Assim, vão estar acessíveis também “a empresas de outros setores de atividade, como os de comércios e serviços, transportes de mercadorias, transportes de passageiros, entre outros, as linhas lançadas de três mil milhões de euros”, já a partir de amanhã, quarta-feira.
“Esperemos que, durante a próxima semana, possamos alargar o valor das linhas que já estão no mercado. Com o Governo já tinha tido, é intenção para o setor de comércio e serviços, que foi mais afetado pelas medidas de encerramento de atividade, é reservar um montante específico de 1200 milhões de euros”, acrescentou Pedro Siza Vieira.
As declarações foram feitas numa conferência conjunta do ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e da ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, para um ponto de situação das medidas de apoio a trabalhadores e empresas anunciadas pelo Governo após a reunião da Comissão Permanente de Concertação Social.
Pedro Siza Vieira afirmou que a linha de crédito para as microempresas do setor turístico “está a ter grande adesão”, com 2996 candidaturas apresentadas e 694 aprovadas.

33.366 recorreram já ao lay-off

A Linha Capitalizar 2018-Covid-19 de 200 milhões de euros, entretanto aumentada para 400 milhões de euros, “tem tido muitos pedidos de financiamento por parte das empresas e já tem pedidos crédito de 1130 milhões de euros, com aprovação de operações no valor de 635 milhões de euros, o que é um valor superior ao valor disponibilizado na linha”, avançou o ministro.
Pedro Siza Vieira informou que o Governo decidiu remeter os montantes que ultrapassavam a capacidade da Linha Capitalizar para as novas linhas de crédito, entretanto, lançadas, num valor global de três mil milhões de euros, já aprovadas pela Comissão Europeia. Estas novas linhas estão operacionais desde a semana passada.
Até ao dia de ontem, 33.366 empresas já tinham recorrido ao lay-off (medida de apoio à manutenção dos postos de trabalho), num universo máximo de trabalhadores de 566.751 trabalhadores.
Ana Mendes Godinho revelou ainda que 11.380 pessoas recorreram ao apoio excecional para garantir pagamento a 100% dos trabalhadores que tivessem de ficar em isolamento.
Houve ainda 115.218 trabalhadores que recorreram às medidas de apoio às famílias no âmbito da suspensão das atividades letivas.
A ministra indicou também que houve 105 mil trabalhadores independentes a candidatarem-se à medida relativa à redução de atividade.

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