Covid-19: Ministro dos Negócios Estrangeiros pede que emigrantes não visitem terras de origem

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O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, apelou hoje aos emigrantes portugueses para que não “regressem temporariamente a suas casas” e “terras de origem” com o objetivo de conter a pandemia provocada pelo novo coronavírus.

“Há uma bela tradição em Portugal, que é milhares de imigrantes nos visitarem, regressarem temporariamente a suas casas, às suas terras de origem, para ver os seus e as suas famílias. Mas este ano isso não pode acontecer”, assinalou Augusto Santos Silva, numa mensagem em formato vídeo publicado na plataforma social Twitter, acrescentando que “a pandemia a isso obriga”.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros referiu também que a população em Portugal deve ficar em casa para se proteger e para proteger os outros, “a não ser para fins essenciais”.

“Nós temos de nos manter nas nossas residências, o que quer dizer que os nossos queridos emigrantes que residem no estrangeiro têm de se manter no estrangeiro. Não podem viajar para Portugal,” vincou o chefe da diplomacia portuguesa.

Augusto Santos Silva sublinhou que se os emigrantes viajassem para Portugal, “teriam de ficar confinados, teriam de ficar isolados”, algo que disse que “seria muito triste”.

As recomendações do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros seguem a linha do que foi dito pelo primeiro-ministro português, António Costa, na quarta-feira.

O primeiro-ministro procurou sobretudo deixar uma mensagem, tendo em vista a aproximação da Páscoa.

Em declarações prestadas num programa de entretenimento da SIC, António Costa pediu às pessoas para que “não vão à terra visitar os seus familiares e fiquem mesmo na sua casa”.

“Há uma coisa duríssima, mas acho que é preciso dizer aos nossos compatriotas que vivem fora, na França, no Luxemburgo ou na Alemanha. Este ano não venham, fiquem. Além do mais, se vierem, não podem sair de casa”, observou.

No contexto deste apelo, o líder do executivo reforçou ainda que “as famílias numerosas vão ter que estar juntas separadas (com cada qual nas suas próprias casas) no período da Páscoa”.

“Este não é ano para fazermos grandes almoços de Páscoa”, acrescentou o primeiro-ministro.

 

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