A União de Freguesias do Centro Histórico do Porto vai ativar, na próxima semana, duas cozinhas em instalações da junta que servirão para confecionar refeições destinadas às famílias sinalizadas, em face da emergência social causada pela pandemia da Covid-19.
Em declarações à Lusa, o presidente daquela união de freguesias, António Fonseca, avançou que, no total, as duas cozinhas terão capacidade para confecionar cerca de 150 refeições, 50 na cozinha da creche “O Miminho”, que encerrou portas em 2019, e 100 nas instalações onde chegou a funcionar a antiga creche da Vitória.
Numa primeira fase, explicou o autarca, vai ser reativada a cozinha do “Miminho” e, caso seja necessário, a junta terá preparada para arrancar, numa segunda fase, a cozinha do ATL da Vitória.
Nesse sentido, a junta está já a providenciar a aquisição dos materiais necessários à distribuição das refeições.
“Vamos com a prata da casa a cozinhar e garantir que as refeições chegam às pessoas sinalizadas pelas técnicas da junta”, disse.
O autarca espera que esta iniciativa possa dar resposta ao aumento do número de pedidos de ajuda que tem crescido desde que foi decretado o estado de emergência.
António Fonseca sublinhava, na passada segunda-feira, que a resposta começa a escassear e até o Banco Alimentar começa a enfrentar dificuldades.
Desde que foi decretado o estado de emergência, no dia 18 de março, o número de famílias apoiadas pela junta passou de 70 para 200.
Durante o mês de abril, três dias por semana, a junta vai ainda distribuir um jornal aos idosos, como forma de fazer chegar informação e de evitar que os mesmos se desloquem.
Junta do Centro do Porto reabre cozinhas para dar refeições a famílias carenciadas
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