Os sete arguidos do processo de Tancos que estão em prisão preventiva vão ser libertados por indicação do juiz de Carlos Alexandre, que adiou ‘sine die’ a fase de instrução devido à pandemia da covid-19.
Num despacho, Carlos Alexandre determina que os arguidos António Laranginha, Pedro Marques, Hugo Santos, Gabriel Moreira, João Pais e Fernando Santos, todos suspeitos de envolvimento no furto de armas dos paióis de Tancos, sejam libertados, dada a impossibilidade da realização do debate instrutório até ao dia 17 de abril, devido ao novo coronavírus, data em que terminava a prisão preventiva dos sete arguidos.
Porém, refere o despacho, seis arguidos ficam proibidos de se contactarem entre eles e com testemunhas, arguidos e familiares dos mesmos, de ausentarem para o estrangeiro, de saírem do seu concelho de residência, e com a obrigação de se apresentarem duas vezes por dia às autoridades.
O arguido Filipe Abreu de Sousa, militar da GNR, está sujeito às mesmas medidas de coação dos outros arguidos e ainda à suspensão do exercício de funções na Guarda Nacional Republicana.
No despacho, Carlos Alexandre alega as medidas excecionais e temporárias de resposta à situação epidemiológica provocada pela Covid-19 da lei 1-A-2020.
O processo de Tancos tem 23 arguidos, entre os quais o antigo ministro da defesa Azeredo Lopes e vários militares, e está relacionado com o furto de armamento militar nos paióis de Tancos e com a alegada encenação na recuperação das armas.