Covid-19: Turista holandesa é primeiro caso de contaminação na Madeira

O Governo Regional da Madeira anunciou hoje o primeiro caso de Covid-19 naquela região autónoma portuguesa. Trata-se de uma cidadã holandesa que estava de férias na ilha.
“O caso positivo foi detetado numa cidadã holandesa que entrou na Região Autónoma da Madeira a 12 de março”, disse o presidente do executivo.
Miguel Albuquerque disse ainda que todos aqueles com quem a turista contatou estão a ser acompanhados pelas autoridades de saúde.
“Apesar de todas as medidas preventivas que tomamos e do louvável comportamento cívico da nossa população, a região registou ontem à noite, pelas 22h14, o seu primeiro caso de Covid-19.
Todos temos que estar cientes da gravidade desta situação e manter a consciência cívica dos nossos comportamentos, face a mais este grande desafio que temos pela frente”, sublinhou o governante.
Miguel Albuquerque referiu que o governo regional “irá continuar a tomar todas as medidas necessárias no sentido de conter a epidemia na Madeira e a salvaguarda da vida e saúde das nossas famílias”.
Entre novas medidas que o executivo madeirense vai tomar, está o voltar a comunicar às embaixadas “a necessidade mandatória de procederem ao repatriamentos dos seus concidadãos turistas que ainda permanecem na Região (Autonoma da Madeira) com a maior brevidade possível”, revelou Miguel Albuquerque.
Também a partir de hoje vão cessar todas as atividades de animação e recreação turística, como excursões, passeios, visitas guiadas, rent-a-car ou atividades similares.
O Governo da Madeire determinou ainda o reforço de medidas de restrição de entrada em centros comerciais, mercados e demais espaços públicos, “no sentido de evitar a concentração de pessoas e o contato físico entre elas”, revelou o governante.
O trabalho na administração pública vai ser reduzido “ao mínimo indispensável para o funcionamento das instituições”, restringindo ainda mais os  planos de contingência que já tinha estabelecido.
Na sua comunicação, Miguel Albuquerque apelou ainda aos madeirenses e portosantenses que permaneçam nas suas casas e saiam à rua apenas para comprar alimentos e medicamentos, para apoiar a cidadãos idosos ou que necessitem de cuidados ou para ir trabalhar.
Por fim, pediu a quem estiver de quarentena na Madeira, principalmente os que regressaram de Portugal continental, “o cumprimento escrupuloso” dessa medida, porque “está em causa” a saúde de outros cidadãos, incluindo familiares de quem estiver em quarentena.