O cônsul-geral português na Cidade do Cabo, José Carlos Arsénio, criou uma equipa de ciclismo para elevar o nome de Portugal na África do Sul e angariar apoios solidários para a comunidade portuguesa residente no país.
A equipa Portugal Sempre, que se estreou este domingo no Cape Town Cycling Tour, importante prova internacional do calendário desportivo da modalidade na África do Sul, integra seis elementos com experiência de longa data de envolvimento e de prática na modalidade do ciclismo, entre os quais duas ciclistas de nacionalidade sul-africana.
“Além de nós procurarmos sempre elevar a nossa representatividade a todos os setores e a todos os níveis e, neste caso, até a nível desportivo, achei que podia ser motivador para se criar esta equipa, pois gostaria de um dia deixar este posto e de ver que há uma equipa portuguesa que vai continuar sempre a representar o nosso Portugal e a nossa comunidade”, disse José Carlos Arsénio, em declarações à Lusa por telefone.
O diplomata avançou que o objetivo é também conseguir patrocinadores para angariar alguns fundos, “nomeadamente para apoiar no plano do associativismo os jovens estudantes portugueses e também as pessoas mais desfavorecidas” da comunidade que eventualmente necessitem de algum apoio.
“Portanto há aqui uma componente também institucional com vista a reunir as condições para ajudar a comunidade naquilo que precisar”, salientou o responsável.
O cônsul-geral disse que na recente volta à pitoresca região da península da Cidade do Cabo, que este ano juntou cerca de 31 mil concorrentes, a equipa Portugal Sempre acabou por “ser surpreendida” pelo elevado número de pessoas portugueses a apoiar.
Na volta ao Cabo, a equipa portuguesa fez um total de 109 quilómetros num percurso de estrada através de várias vilas piscatórias e etapas de montanha.
“No meu caso foi 3 horas e 29 minutos que levei a fazer a prova […] e chegámos todos ao final e todos em boa forma até porque os elementos desta equipa são elementos que já tem alguma experiência”, contou José Carlos Arsénio à Lusa.
Questionado sobre o nome “Portugal Sempre”, o diplomata explicou: “porque é sempre a nossa pátria, é sempre o nosso país, é sempre aquilo que nos dá a saudade e a África do Sul fica muito distante do nosso Portugal”, salientou.
No final da prova, houve um almoço de convívio com a comunidade num restaurante tipicamente português.
O cônsul português considerou ainda que os portugueses na África do Sul “estão bem”, sendo uma comunidade “muito válida, muito bem integrada, muito constituída pelas segundas e terceiras e até quartas gerações”, que são “bons portugueses como também bons sul-africanos, têm esta dualidade” que faz com que a comunidade seja “muito válida”.