DGS confirma segundo caso de português infetado no Japão

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Um segundo cidadão português hospitalizado no Japão está infetado com o novo coronavírus, confirmou hoje a diretora-geral da Saúde.

“Sim, ele está infetado, se tem um teste positivo, ele está infetado”, afirmou Graça Freitas ao ser questionada pelos jornalistas sobre a situação de um segundo tripulante português do navio de cruzeiros Diamond Princess hospitalizado por indícios relacionados com o Covid-19.

A diretora-geral da Saúde sublinhou que o facto de estar infetado não significa que o português “tenha sintomas” ou “que esteja mal”, mas não adiantou mais informações sobre o caso, afirmando que o doente pediu que os seus dados se mantivessem privados.

As declarações de Graça Freitas, à margem de uma visita a alguns estabelecimentos de comércio chineses em Lisboa, surgem após o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, ter apontado aos jornalistas na quinta-feira à noite a existência de um segundo caso de um tripulante português no navio de cruzeiros que tinha sido hospitalizado no Japão “por indícios relacionados” com o Covid-19.

Este caso segue-se a um outro tripulante português no mesmo navio, Adriano Maranhão, ter acusado infeção por Covid-19 e sido transferido para um hospital de referência no Japão na terça-feira.

Sobre a situação em Portugal, Graça Freitas considerou que a prioridade tem sido detetar precocemente qualquer caso suspeito e agir o mais rapidamente possível, afirmando que “é preferível que sejam todos negativos, do que deixar passar um positivo”.

“Recebemos centenas de chamadas, de dia e de noite, e neste momento já validámos cerca de 60 casos suspeitos. Até à data, todos foram negativos”, afirmou.

A DGS registou 52 casos suspeitos de infeção, 16 dos quais ainda estavam em estudo na quinta-feira. Os restantes 36 casos suspeitos não se confirmaram, após testes negativos.

A resposta das autoridades portuguesas, garantiu, será proporcional à evolução do Covid-19 em Portugal, de forma a evitar “uma epidemia social, uma epidemia económica, uma epidemia do preconceito, e uma epidemia da má comunicação”.

“Numa primeira fase, com muitos poucos casos, os meios são proporcionais e adequados à fase em que estivermos”, sublinhou Graça Freitas, acrescentando que os meios e profissionais disponíveis serão reforçados à medida que o número de casos aumentar.

A diretora-geral da Saúde associou-se a uma campanha lançada hoje em Lisboa com o objetivo de desmistificar a relação entre a comunidade chinesa e o novo coronavírus.

O Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.858 mortos e infetou mais de 83 mil pessoas, de acordo com dados reportados por meia centena de países e territórios.

Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão.

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