Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro reabriu portas

O Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro (CIBV), situado no campo onde foi travada a batalha que pôs termo à primeira invasão napoleónica em território português, na Lourinhã, volta a abrir as suas portas ao público, depois de quatro meses de intervenções.
A reabertura acontecerá já no próximo dia 29 de fevereiro, às 14h30. Vai ser apresentada a peça de teatro ‘O Vimeiro na Batalha pela Inclusão’ e feita uma visita guiada à nova exposição permanente do CIBV, que passa agora a contar com três salas com conteúdos expositivos permanentes: a Sala da Guerra Peninsular, a Sala dos Exércitos do Período Napoleónico e a Sala da Batalha do Vimeiro.
No mesmo dia, será ainda feita a apresentação oficial da Agenda Cultural do Centro de Interpretação para 2020, cuja temática recai sobre a vida e reinado de D. João VI, o Príncipe Regente de Portugal à época da Batalha do Vimeiro, que partiu estrategicamente para o Brasil em 1807.
As intervenções de requalificação e reabilitação realizadas no espaço museológico da Lourinhã contemplam novos conteúdos para os visitantes como vídeos interpretativos, réplicas 3D de armas da época, um mapa modelado da batalha e conteúdos em Braille e LGP (Língua Gestual Portuguesa), soluções acústicas de simulação dos sons de batalha e ainda uma plataforma elevatória e piso tátil.
A Batalha de Vimeiro foi travada no dia 21 de agosto de 1808 entre o exército francês, comandado por Junot, e o exército anglo-luso, sob o comando de Arthur Wellesley.
As tropas anglo-lusas mantiveram uma posição defensiva no Vimeiro, aproveitando a geografia do terreno. Os franceses, reunidos em Torres Vedras, decidiram tomar a ofensiva, chegando à Carrasqueira na manhã de 21 de agosto. A partir desse ponto, Junot deu ordem de marcha para a batalha.
Os confrontos mais importantes e decisivos aconteceram no outeiro do Vimeiro. Após dois ataques fracassados e percebendo a impossibilidade de tomar o outeiro, Junot enviou tropas para tomar a localidade. Na zona da Igreja, travou-se uma sangrenta peleja que acabou com a retirada dos franceses, perseguidos pela cavalaria anglo-lusa.
Sem conhecimento da situação do flanco esquerdo, duas brigadas francesas confrontaram os britânicos nos altos da Ventosa. Uma vez mais, os franceses viram-se forçados a recuar.
Junot perdeu cerca de dois mil homens, entre mortos, feridos e prisioneiros e o exército anglo-luso cerca de 700.