O impacto das multas e o aumento das provisões fiscais fizeram-se sentir no Facebook. O gigante viu os lucros recuarem 16% no ano passado, para um total de 18,48 mil milhões de dólares. Já as receitas subiram 27%, para 69,6 mil milhões em 2019. A Wall Street não gostou dos dados, apesar dos bons resultados registados no 4º trimestre do ano passado, já que o gigante dá sinais de abrandamento do seu crescimento.
A maior empresa mundial de redes sociais (Facebook, WhatsApp, Instagram e Messenger) registou entre outubro e dezembro receitas recorde de 21,1 mil milhões de dólares, graças à publicidade no Instagram e nos vídeos. No entanto, o aumento de 25% face ao mesmo período de 2018 foi o mais baixo crescimento de sempre em termos trimestrais.
O Facebook adiantou que tem 2,89 mil milhões de utilizadores ativos dos seus produtos em termos mundiais, mas que o crescimento estagnou nos Estados Unidos e no Canadá na sua principal na sua principal rede social, que é a grande fonte de vendas de publicidade. Só no Facebook, tem 2,5 milhões de utilizadores mensais.
Apesar do Facebook e da Google dominarem as vendas de publicidade digital, a gigante de Mark Zuckerberg tem vindo a alertar que manter o ritmo de crescimento será cada vez mais difícil. Até porque entre os utilizadores mundiais de internet, a grande maioria já tem uma conta no Facebook ou numa das outras plataformas. O que significa que encontrar novas áreas de receita será cada vez mais desafiador.
A incerteza nos resultados surge numa altura em que o Facebook está a ser cada vez mais pressionado pelas novas leis de privacidade e pelas investigações nos Estados Unidos. Zuckerberg adiantou que o seu objetivo para a próxima década “é ser entendido. Para ser confiável, as pessoas precisam saber o que representamos”.
O gigante não adiantou pormenores sobre novos projetos e novas áreas de negócio. Nem como conseguirá ganhar dinheiro com o WhatsApp ou como está o lançamento de compras no Instagram, por exemplo.