A ministra da Agricultura anunciou hoje, em Chaves, a abertura de dois avisos, no valor total de 11 milhões de euros, para apoiar os agricultores afetados pelo mau tempo de dezembro nas regiões Norte e Centro.
Maria do Céu Albuquerque visitou uma exploração agrícola, na Curalha, concelho de Chaves, distrito de Vila Real, que foi afetada pelas depressões Elsa e Fabien, que, em dezembro, atingiram o país.
Após a visita, a governante anunciou a abertura de dois avisos, que já estão para publicação desde quinta-feira.
Um dos avisos, explicou, tem um valor disponível de dois milhões de euros e visa apoiar os agricultores pelos prejuízos causados pelas cheias, nomeadamente no vale do Mondego.
“E, depois, um segundo aviso, para as regiões Centro e Norte, para as freguesias que foram atingidas pelas depressões do mês de dezembro. São nove milhões de euros que ficam disponíveis para projetos, como este que acabamos de visitar, onde estas estufas foram destruídas”, acrescentou a ministra.
A jovem agricultora Vera Pinto disse aos jornalistas que o vento forte arrancou os plásticos em oito de um total de 11 estufas, provocando prejuízos no valor “de cerca de 30 mil euros”.
Segundo referiu, o principal produto cultivado é o feijão verde que exporta para Espanha.
“Vai ser muito complicado recuperar disto. Parecia um pandemónio, muita chuva e muito vento, que levantou os plásticos todos e ainda uma estufa. Já é a terceira vez que nos acontece. Neste momento, se não conseguir algum tipo de apoio vamos ter que abandonar “, afirmou Vera Pinto.
Maria do Céu Albuquerque referiu que os serviços do ministério foram para o terreno desde o “primeiro momento” fazer os levantamentos e perceber quais os auxílios a conceder para que a “atividade agrícola possa ser retomada imediatamente”.
“Nós queremos que a próxima campanha decorra sem qualquer atraso”, salientou a ministra.
A governante explicou que, logo que os avisos estejam publicados, o que ainda pode acontecer durante o dia de hoje, o agricultor terá que se candidatar e verificar as condições de elegibilidade dos seus prejuízos.
Aos dois avisos corresponde um total de 11 milhões de euros, montante que a ministra acredita ser “suficiente” para “cobrir os prejuízos que decorreram no âmbito destas duas depressões”.
No entanto, acrescentou que se houver necessidade será aberto “um terceiro aviso”.
“Mas achamos que não vai ser necessário, até porque o levantamento foi exaustivo, houve uma grande participação das direções regionais de agricultura do Norte e Centro e dos próprios agricultores”, frisou.