A Polícia Judiciária e o Ministério Público iniciaram hoje 15 buscas em instituições bancárias e sedes de empresas por suspeitas de crimes de burla qualificada, branqueamento e fraude fiscal qualificada, indica uma nota da Procuradoria-Geral da República.
Segundo a nota, “estão a ser levadas a efeito várias diligências para cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão, em instituições bancárias, na sede social de uma associação, em domicílios e em sedes de empresas”.
O banco Montepio já confirmou que foium dos alvos das buscas e que estão relacionadas com operações de clientes, estando a prestar a colaboração.
“O Banco Montepio informa que se realizaram esta quinta-feira, dia 16 de janeiro, buscas nas instalações. Mais se informa que, conforme o teor do comunicado publicado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), se trata de diligências a propósito de operações de clientes, que reportam a factos ocorridos entre os anos 2011 e 2014”, lê-se no comunicado.
O banco, que pertence à Associação Mutualista Montepio Geral, indicou ainda que está a colaborar com as autoridades. “A instituição cumpre escrupulosamente os seus deveres de colaboração com as autoridades”, refere.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, em causa no inquérito-crime, dirigido pelo Departamento de Investigação e ação Penal (DIAP), estão suspeitas de burla qualificada, branqueamento e fraude fiscal qualificada.
A nota da PGR informa que “as diligências incidem sobre um conjunto de clientes de instituições financeiras e de entidades suas detentoras” com o objetivo de recolher prova relativamente a operações bancárias “realizadas por clientes entre 2011 e 2014, bem como documentação relacionada com estas operações”.
As diligências são dirigidas por quatro juízes do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa e Amadora, acompanhadas por quatro procuradores, 90 elementos da PJ, quatro elementos da Autoridade Tributária e seis elementos do Banco de Portugal.
PJ e Ministério Público fazem buscas em instituições bancárias
