Presidentes apelam ao aumento do investimento português em Moçambique

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Os presidentes dos dois países defenderam hoje, após um encontro oficial em Maputo, que é o momento de Portugal reforçar o investimento em Moçambique.
“É uma ocasião muito importante para mais investimento em Moçambique”, reafirmou o Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, ladeado pelo Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, à saída do encontro entre ambos no palácio presidencial, em Maputo.
O encontro antecedeu a tomada de posse de Nyusi para um segundo mandato, cerimónia marcada para amanhã, no centro da capital, e que está no centro da visita de cinco dias do chefe de Estado português àquele país.
Marcelo Rebelo de Sousa repetiu o apelo feito ontem, considerando que há um clima de pacificação e melhoria de indicadores económicos, sinais que devem dissipar dúvidas a empresários e investidores, levando-os a avançar para Moçambique.
“Naturalmente, Portugal já é veterano nesse investimento, mas mesmo veteranos podem rejuvenescer, encontrar novas pistas e formas de investir”, sugeriu.
Marcas portuguesas lideram o setor da banca moçambicana e são incontornáveis noutros como o comércio, construção e serviços, mas muitos negócios têm sofrido com a crise económica, que atingiu um pico entre 2015 e 2016.
Agora, quando se espera que os megaprojetos de gás natural puxem pelo país, o importante é que “esse investimento privado (reforçado) chegue à economia moçambicana nos próximos anos. Este é um momento de confiança nisso”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa.

Investimento “não pode faltar”

Os dois presidentes abordaram uma máxima em comum: “não fazemos inimigos em nenhum lado”, disse Filipe Nyusi, mas só isso não basta, acrescentou.
“O importante agora é o que fazemos entre os nossos países”, com “a economia, o setor privado em primeiro lugar”, disse.
O investimento português “não pode faltar”, acrescentou Filipe Nyusi, “sobretudo para o novo ciclo” que o país vai inaugurar. “É com o setor privado que vamos empregar mais e produzir mais receita para os nossos países”, sublinhou ainda.
No final de 2019, as agências de ‘rating’ financeiro começaram a tirar Moçambique do nível de incumprimento, o mais baixo de todos, depois de o país ter renegociado o pagamento dos títulos de dívida soberana.
O país espera dar um salto nos níveis de crescimento económico dentro de quatro anos quando arrancarem os projetos de exploração de gás natural que o vão colocar no ‘top 10′ de produtores mundiais.
Durante o encontro, foi ainda abordado o esforço de reconstrução nas zonas do país afetadas pelos ciclones Idai e Kenneth em 2019, antecedendo a visita de Marcelo Rebelo de Sousa agendada para quinta-feira à cidade da Beira, o maior centro urbano atingido pelas intempéries.
O encontro com Marcelo Rebelo de Sousa foi a primeiro de diversas reuniões que Nyusi vai manter esta semana com chefes de Estado presentes em Maputo para a sua tomada de posse.
O Presidente português será o único chefe de Estado dos países membros da União Europeia a marcar presença.

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