O litoral do concelho de Odemira recebeu a primeira ação do projeto Sonotomia, que visa criar um arquivo sonoro dos territórios marítimos e fluviais.
Recentemente aprovado no âmbito do programa comunitário Europa Criativa da União Europeia, o Sonotomia pretende a preservação “de uma vertente quase ignorada do património europeu e que se pretende agora dinamizar”, ao registar, estudar e potenciar a herança sonora europeia, informam os dinamizadores.
Liderada por Portugal no programa Europa Criativa, é coordenada pela Associação Pedra Angular, tendo como parceiros a Fundación Santa María de Albarracín (do Governo de Aragão, Espanha) e o Spatial Sound Institute (de Budapeste, Hungria).
Com o apoio do município, o território de Odemira recebeu a 13 a 15 de dezembro, a ação de lançamento do projeto, de modo a estimular o conhecimento e exploração dos recursos sonoros relacionados com o Atlântico e o rio Mira.
“Os participantes exploraram diferentes pontos da geografia da costa alentejana, dialogaram com representantes do Município de Odemira e das comunidades locais e traçaram planos para os dois próximos anos de intensa atividade. O Cabo Sardão é dos pontos escolhidos pelos peritos da União Europeia para a monitorização da paisagem sonora da Costa Alentejana”, explicam os responsáveis pelo projeto.
Definir o perfil sonoro e captar as particularidades de uma orla marítima em rápida transformação é uma das prioridades desta iniciativa que será posteriormente alargada aos cursos de água de outras áreas alentejanas e noutros pontos do continente europeu.
A Associação Pedra Angular defende que património sonoro “é uma parcela extremamente importante da identidade desta região do mundo, tendo servido de inspiração, ao longo dos séculos, a inúmeros criadores, com destaque para músicos e artistas plásticos”.
Arrancou em Odemira um projeto europeu centrado no património sonoro
