Em Viseu no decorrer do IV Encontro dos Investidores da Diáspora, no debate em que vários empresários nacionais e no estrangeiro davam os seus testemunhos dos conhecimentos e parcerias que após esses conhecimentos com outros empresários portugueses radicados no estrangeiro, davam, registe-se o do empresário Jorge Morais que em 2018 conheceu Paulo Pereira um dos administradores da Agribéria em França e cujo grupo que fundou juntamente com Maria do Céu veio a comprar a Quinta da Pacheca no Douro, em que Jorge Morais traçou o perfil de tenacidade, a sua aposta em Portugal e a parceria que fez entre eles de forma a exportar os célebres Vinhos da Quinta da Pacheca ainda mais para o Brasil.
“Sem este encontros jamais viria a conhecer Paulo Pereira” referiu “ estes encontros servem para isso mesmo, para criar sinergias e parcerias.” E referiu duas curiosidades deste conhecimento com o empresário em França e Portugal Paulo pereira” Eu sou presidente de uma associação de olivicultores de Trás os Montes e detesto azeitonas, porém gosto muito de azeite, o Paulo por sua vez disse-me eu não bebo vinho, não gosto de vinho e vi a investir na Quinta da Pacheca- sinal que não é o gosto pessoal que nos move, mas a tenacidade empresarial” Deu depois o exemplo da sua actividade profissional e o exemplo de “Um dos empreendimentos turísticos mais emblemáticos do Nordeste Transmontano, o Hotel e SPA de Alfândega da Fé, que passou de 16 anos de passivos aos lucros com a mudança de gestão municipal para um privado”. E referiu “ na data era presidente da Câmara de Alfândega da Fé a que é hoje Secretária de Estado das Comunidades- Berta Nunes” O empreendimento com um SPA ao ar livre no alto da Serra de Bornes, no distrito de Bragança, foi criado há 18 anos como empresa municipal, a Alfandegatur, mas apesar da procura apresentou sempre prejuízos com um passivo que ascendeu a 1,7 milhões de euros.
No final de 2015, a Câmara de Alfândega da Fé alienou o Hotel & SPA ao empresário transmontano Jorge Morais que garantiu, nos dois anos da sua gestão, os resultados líquidos positivos.
O empresário decidiu “assegurar aquele projeto com algo inovador” e tem em curso investimentos “na ordem dos dez milhões de euros” sem recurso a crédito, como fez questão de sublinhar. A estratégia passa por alargar a capacidade do hotel de 25 para 60 quartos, remodelar o espaço e construir um aldeamento turístico de cinco estrelas com 17 moradias que estão a ser vendidas a empresários brasileiros. O investimento dos compradores foi o suporte financeiro de todo o empreendimento. O empresário decidiu apostar na diáspora transmontana no Brasil e já tem em fase de contratualização sete das 17 moradias de luxo previstas, que só vão sendo construídas à medida das intenções de compra. “O projeto está a ser movimentado com o capital dos próprios investidores. Não é o conceito tradicional de criar um projeto, plano de negócios, apresentar à banca, financiar e depois começar a pagá-lo”, vincou Jorge Morais, especificando que, neste caso trabalha com o dinheiro dos investidores, segundo na data foi tornado público.
Para 2019 está previsto o início da requalificação do Hotel e SPA, com investimentos faseados para a passagem do empreendimento a cinco estrelas e criar capacidade para tornar o espaço rentável, nomeadamente passando dos atuais 25 para 60 quartos.
A Câmara de Alfândega da Fé vendeu o empreendimento municipal para reequilibrar as contas daquela que era uma das câmaras mais endividadas do país e que teve a ajuda dos programas nacionais para o saneamento financeiro. E no ramo hoteleiro deu o seu testemunho como a parceria com a Quinta da Pacheca a nivel de formação hoteleira dos jovens e mesmo de troca de clientes se tem traduzido por um grande sucesso
ANTÓNIO FREITAS EM VISEU