Quinta da Pacheca eleita pelo público como melhor enoturismo do Douro

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A Quinta da Pacheca tem sido distinguida com diversos prémios fruto do investimento e trabalho de Paulo Pereira e Maria do Ceu Gonçalves, dois empresários portugueses radicados em França que em 2012 decidiram criar este projeto de excelência e com ele alavancar o desenvolvimento da região do Douro. O “Mundo Português” foi saber mais e conversou com Paulo Pereira e Sandra Dias, diretora geral adjunta do Quinta da Pacheca.

A Quinta da Pacheca foi considera a melhor unidade de enoturismo do Douro pelo público, numa eleição realizado no âmbito do «Best of Wine Tourism», uma competição a nível mundial promovida pela “Rede de Capitais de Grandes Vinhedos – Great Wine Capitals Global Network”.
Depois de já ter sido distinguida pelo júri internacional como vencedor absoluto do prémio, a organização do concurso submeteu os vários candidatos à votação do público, por via eletrónica, e a maioria dos votantes escolheu a unidade situada em Lamego como a melhor entre as 67 unidades de Enoturismo dos 10 países/regiões vínicas a concurso (Adelaide, na Austrália, Bilbau, em Espanha, Bordéus, na França, Lausanne, na Suíça, Mainz, na Alemanha, Mendoza, na Argentina, Porto, em Portugal, São Francisco, nos Estados Unidos da América, Valparaíso, no Chile e Verona, em Itália).
O «Best of Wine Tourism» já tinha atribuído à Quinta da Pacheca três outros prémios: em 2017 venceu na categoria de melhor ‘Restaurante Vínico’; em 2016 na categoria de ‘Experiências Inovadoras em Enoturismo’ e em 2015 na categoria de ‘Alojamento’.
Para Paulo Pereira, “este prémio enaltece o espirito de equipa e vem na continuidade daquilo que sempre quisemos fazer aqui ao tentar trazer um novo ar para a região do Douro, uma vez que a região encontrava-se um pouco adormecida, digamos assim”.
Para o sócio gerente da Quinta da Pacheca, “nós também somos atores, ou pelo menos participamos, no crescimento e desenvolvimento da região do Douro, juntamente com os outros projetos da região. Assumimos algum pioneirismo e a nossa experiência tem mexido também com os outros. A nossa atividade ajudou a criar na região um dinamismo que a concorrência também tenta acompanhar. E isto é bom para nós. O nosso elevado nível de exigência também faz com que os outros sejam mais exigentes. Isto é, em parte, um dos nossos objetivos, não nos torna concorrentes, é na verdade um fator positivo e aquilo que nós procuramos, indiretamente. Concorrência saudável, com um fim comum, bom para o Douro e sobretudo, bom para o país”.O segredo até parece simples, para Paulo Pereira o que é diferente atrai e “essa foi a base do nosso projeto. Sair da oferta clássica da região do Douro e encontrar algo completamente inovador. E vamos ter outras novidades, este caminho é para ter continuidade”, referiu. “Até agora temos atuado nos eventos e na hotelaria, mas queremos posicionar-nos entre os melhores vinhos de classe mundial. É este o nosso objetivo. Ainda não o fizemos porque não tínhamos stock. Fizemos reconversão de vinha e vários investimentos que só vão dar frutos a médio e curto prazo. Nós não queremos ser só o hotel, ou a quinta dos eventos, queremos posicionar-nos entre os melhores vinhos do mundo. É assim que nos queremos afirmar, cada vez mais” referiu enaltecendo que o objetivo da empresa é criar vinhos de excelência para competir nos grandes palcos internacionais junto com os melhores vinhos do mundo, normalmente associados a França, ou a Itália.

Para o empresário, “falar bem da região do Douro, também é falar bem da Quinta da Pacheca. Para nós, concorrência é uma palavra que não existe. Consideramos que temos colegas e não há agressividade, é nesse âmbito que eu vejo as coisas. Há aqui uma certa tendência para cada um ‘puxar a brasa à sua sardinha’, mas nós não vemos a nossa atividade assim e acho que tem dado alguns resultados, porque nós ao promover a Quinta da Pacheca também estamos a promover uma imagem bastante positiva do Douro. Acredito que, indiretamente temos dinamizado muito a região do Douro com aquilo que temos feito, e o Douro não é só a Quinta da Pacheca. Antes de promover a Quinta da Pacheca, nós temos que promover a região do Douro. Ao promover o Douro, nós promovemos a Pacheca, a região e promovemos Portugal. Há que combater as atitudes individualistas”, referiu o empresário.
Segundo Sandra Dias o prémio da votação do público é muito importante porque “para além da votação do júri, que é mais técnica e mais específica, a votação do público do mundo inteiro elegeu a nossa unidade entre todo o conjunto a concurso. O projeto vencedor entre todos ao nível mundial”.

Para a diretora-geral adjunta, a Quinta da Pacheca nunca é um projeto acabado, “haverá sempre projetos associados e uma intenção de diferenciar as experiências. A mais recente novidade é o Atelier d’OR, com um artista residente, que quando não está a desenvolver atividades com os clientes, está a criar obras de arte sempre relacionadas com o vinho, com a vinha e com o Douro”.
Sandra Dias enalteceu também o facto de “termos clientes do mundo inteiro, Ásia, América do Sul e do Norte, de todos os continentes. Em termos de alojamento e atividade podemos falar atualmente de 30 por cento de clientes do mercado nacional e 70 por centro internacional”.
Para este fenómeno também tem contribuído o passa palavra que “ajuda a transmitir a nossa mensagem de forma que temos hoje clientes do Brasil e dos Estados Unidos que atravessam o Atlântico para viver a experiencia de dormir nas barricas”.
“Nas barricas temos clientes internacionais com reservas pagas até 2022. Apesar de ainda haver disponibilidade, muitas pessoas da África do Sul, dos Estados Unidos, da Ásia que ouvem falar desta experiência, já bloquearam datas para nos visitar. Em Turismo não é habitual haver reservas com mais de dois anos de antecedência para viver as experiencias que agora foram reconhecidas a nível mundial”, acrescentou Paulo Pereira. Segundo Sandra Dias haverá mais novidades, “vamos ter novas caves de vinhos, novas barricas e uma barrica especial e a estratégia é precisamente que os vinhos alavanquem o turismo e vice-versa. E ambos têm que estar ao mesmo nível de excelência”, referiu.

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