O Observatório Internacional de Direitos Humanos (OIDH), assinalou na Sé Catedral da Guarda, o Dia Internacional dos Direitos Humanos, que se celebra mundialmente a 10 de dezembro.
O evento que recebeu o alto patrocínio do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Almirante António Silva Ribeiro, e o apoio da Direção Regional de Cultura do Centro, da Diocese da Guarda e da Câmara Municipal da Guarda, teve início às 18h, com uma cerimónia na Sé Catedral da Guarda.
“É relevante sublinhar que o Observatório Internacional de Direitos humanos 157 países do mundo através de entidade e individualidades desses países que se quiseram associar ao OIDH nesta sua iniciativa, mostrando assim o seu total espírito de solidariedade para com o Observatório”, referiu Luís Andrade, presidente do OIDH.
As celebrações começaram às 18h com cânticos tradicionais africanos pela Associação dos Estudantes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa da Guarda (AEPALOP).
Representantes de várias crenças apresentaram temas relacionados com os Direitos Humanos. Khalid Jamal, do Observatório do Mundo Islâmico, falou sobre ‘O Islão dos Direitos Humanos’, enquanto José Levy Domingos, da Comunidade Judaica de Belmonte, apresentou as ‘Raízes Judaicas da Declaração Universal dos Direitos Humanos’.
As ‘Raízes Cristãs da Declaração Universal dos Direitos Humanos’ foi o tema apresentado pelo cónego Manuel Pereira de Matos, da Diocese da Guarda, e Catarina Martins, da Fundação AIS (Ajuda à Igreja que Sofre) divulgou o relatório sobre a situação do Direito à Liberdade Religiosa no Mundo relativo a 2018.
Data deve “servir de estímulo a todos”
Luís Andrade revelou este organismo, “através dos canais próprios ao seu dispor”, fez chegar o presente evento “ao conhecimento de todos os países dos cinco continentes, tendo recebido a solidariedade manifestada por um vasto leque de entidades e individualidades, dos mais variados países de todo o planeta”.
O presidente do OIDH sublinhou que o Dia Internacional dos Direitos Humanos “que foi escolhido pela Organização das Nações Unidas e que tem como finalidade de homenagear o empenho dos cidadãos considerados defensores dos Direitos Humanos, deverá também servir de estímulo a todos, especialmente os que têm responsabilidades e um papel importante na vida em sociedade”.
“É um desejo do Observatório Internacional de Direitos Humanos que todas as ações que hoje estão a ser desenvolvidas por este mundo fora, venham despertar consciências, na intenção de se alcançar uma sociedade mais igualitária entre os homens, num mundo que se apresenta cada vez mais injusto para a maioria dos seres humanos que se encontram dispersos por todos os lugares do mundo”, acrescentou o responsável.
“Imbuídos numa indómita força moral e anímica, pugnamos para que, todos os que não têm voz e que são vítimas das novas escravaturas globais, assim como, os que lutam pela liberdade e dignidade dos cidadãos perseguidos e humilhados, se sintam devidamente protegidos e que jamais sejam esquecidos pela Humanidade”, defendeu ainda.
Sé da Guarda é ‘Lugar de Paz, Fé e Cultura’
No âmbito das celebrações, a OIDH classificou a Sé Catedral da Guarda de ‘Lugar de Paz, Fé e Cultura’ à semelhança do Convento de São Salvador, em Jerusalém, classificado pelo OIDH de ‘Lugar de Paz e Bem’, “inserido numa corrente solidária, à escala planetária, a cargo do OIDH, pela Paz Mundial”.
Num comunicado, Luís Andrade explicou que esta classificação insere-se “num cordão de solidariedade pela paz mundial”, a cargo do OIDH que reconhece “notáveis entidades e espaços nacionais e internacionais que almejam e contribuem para um mundo melhor”, como é o caso da Sé Catedral da Guarda, um lugar de “memória, cultura, fé e de paz, transmitindo tranquilidade e bem-estar a todos os seres humanos que o visitam”.
O título honorífico ‘Lugar de Paz, Fé e Cultura’ entregue à Sé da Guarda pelo presidente do OIDH. O Papa Francisco, a Biblioteca Apostólica Vaticana e a ONU, vão igualmente receber um exemplar deste título.
As comemorações do Dia Internacional dos Direitos Humanos terminou com um concerto com o Grupo Coral Polifónico Pedras Vivas e direção do maestro Vítor Casanova.
O Dia Internacional dos Direitos Humanos é celebrado anualmente a 10 de dezembro, para recordar o dia em que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, onde se enumerava os direitos básicos que devem assistir a todos os cidadãos.
A data visa homenagear o empenho e dedicação de todas as pessoas que defendem os direitos humanos e colocar um ponto final em todos os tipos de discriminação, promovendo a igualdade entre todos os cidadãos.