Três municípios e universidade algarvia preparam candidatura a geoparque mundial

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Os municípios algarvais de Loulé, Silves e Albufeira e a Universidade do Algarve (UAlg)/Centro de Investigação Marinha e Ambiental juntaram-se para candidatar o aspirante Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira a Geoparque Mundial da UNESCO.
O protocolo de colaboração para a elaboração e realização do processo de candidatura vai ser celebrado a 02 de dezembro nos Paços do Concelho de Loulé pelos autarcas dos três concelhos, Vítor Aleixo, Rosa Palma e José Carlos Rolo, e pelo reitor da UAlg, Paulo Águas.
O documento prevê a elaboração e realização do processo de candidatura a Geoparque Mundial da UNESCO do aspirante Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira.
“Promover o desenvolvimento sustentável do território a partir das comunidades e da sua qualidade e modo de vida, assim como da riqueza geológica, tornando a área dos três concelhos num destino sustentável e potencialmente turístico de interesse mundial, por via do seu património geológico, é o principal objetivo desta candidatura”, referem uma nota divulgada pelos responsáveis pelo processo.
A candidatura do aspirante Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira pretende que seja preservado um território cuja história é contada através das rochas que se encontram no seu território.
Uma história com começou há quase 360 milhões de anos atrás quando o que viria a ser o Algarve se encontrava no fundo de um mar profundo, entre dois supercontinentes – Gondwana, a sul, e Laurússia, a norte. Foi nesse ambiente que se formaram as rochas sedimentares que deram origem aos xistos e grauvaques característicos da serra algarvia.

Três municípios e universidade algarvia preparam candidatura a geoparque mundial
A história do território que constitui o Geoparque Algarvensis começou há quase 360 milhões de anos atrás quando o que viria a ser o Algarve se encontrava no fundo de um mar profundo

Milhões de anos depois, a colisão destes dois supercontinentes fechou o mar entre eles, formando um novo supercontinente, Pangeia. Nos milhões de anos que se seguiram, o que viria a ser o Algarve estava nas proximidades da margem oriental do Pangeia, habitado por anfíbios e répteis como o Metoposaurus algarvensis, os fitossauros e os placodontes. Um ambiente que deu origem às rochas avermelhadas do grés de Silves.
Com o contínuo movimento das placas tectónicas, o Pangeia começou a separar-se, dando origem a um mar pouco profundo, o Oceano Atlântico primordial. Este ambiente marinho deu origem aos calcários característicos do barrocal algarvio.

Conferência e exposição sobre o Algarvensis

Para além da grés de Silves, o Geoparque Algarvensis destacam-se locais de interesse geológico como a Rocha da Pena ou o vale à volta do Castelo de Paderne.
Os Geoparques Mundiais da UNESCO combinam a proteção e promoção do património geológico com o desenvolvimento local sustentável, e reúnem um conjunto de geossítios ou geomonumentos que testemunham a evolução do planeta.
Para chamar a atenção sobre este território, a Escola Secundária de Loulé acolhe a 7 de dezembro, a partir das 15h, a conferencia ‘Geoparque Algarvensis Desafios e Oportunidades’, com a presença de Vítor Aleixo, Rosa Palma, José Carlos Rolo, Paulo Águas.
Participam especialistas na matéria, como Octávio Mateus, da Universidade Nova de Lisboa e investigador que liderou equipa internacional que escavou a jazida da Penina, onde se descobriu o Metoposaurus Algarvensis, e Artur Sá, da Universidade do Minho, que irão falar sobre os desafios e oportunidades da candidatura que reúne os três municípios algarvios.
Pelas 17h15, é inaugurada a exposição itinerante ‘Vamos ser Geoparque Algarvensis: O que é isso? – Um território aspirante a Geoparque Mundial da UNESCO’.

Ana Grácio Pinto

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