Vamos conhecer Portugal através da Estrada Nacional N2, de Chaves a Faro. São 750 quilómetros passando por 35 concelhos diferentes do país. Uma volta pelo país real e bonito que é Portugal. Venha daí e quem sabe se um dia não faremos mesmo esta viagem juntos
Chaves a bonita e histórica cidade transmontana
A partida é de Chaves, a bonita e histórica cidade, que sempre teve uma grande importância estratégica dado a sua posição geográfica. Foi um importante lugar na Idade Média, tendo mesmo resistido heroicamente à tentativa de anexação a Castela no séc. XVI.
Com uma beleza natural grandiosa, Chaves apresenta inúmeros pontos interessantes para visitar, com um Centro Histórico digno de relevo, com a bonita Praça Camões, apresenta igualmente um forte cariz religioso com diversos templos por todo o município, como as Igrejas de Santa Maria Maior, de São João de Deus (século XVIII), a da Misericórdia (século XVII), a de Nossa Senhora do Rosário (situada no Forte de São Francisco) e as Capelas de Santa Catarina, a de Nossa Senhora do Loreto (também conhecida por Senhora da Cabeça, século XVII)), a barroca Nossa Senhora da Lapa, a de Nossa Senhora das Brotas (no Forte de S.Neutel), a da Senhora do Pópulo (em Santo Amaro, século XVI) ou a de São Roque, na Madalena, século XVII, entre tantos outros santuários que pululam esta região.
Mas muitos outros pontos de interesse existem na região de Chaves, como todo o legado romano, ou o Museu da Região Flaviense, alojado no antigo Paço dos Duques de Bragança (século XV), que exibe uma variedade de achados arqueológicos, a Misericórdia de Chaves, instalada no antigo hospital, século XV, o Convento da Ordem de Nossa Senhora da Conceição (século XVII) e todo o ambiente medieval que aqui se respira.
Digna de registo é a apreciada Gastronomia típica da zona, com os seus famosos enchidos e carnes curadas, de que se destaca o afamado presunto e o tradicional artesanato que tem sido mantido ao longo dos séculos, com destaque para trabalhos em barro preto, a cestaria de Vilar de Nantes e as Mantas de Soutelo.
Vila Pouca de Aguiar a capital do granito
Vila Pouca de Aguiar região rodeada pelas Serras de Padrela e do Alvão e muitas vezes apelidada de “Capital do Granito”, tal é a influência desta rocha na localidade.
Toda a natureza circundante é de grande beleza, por entre Serras e cursos de água , esta é uma região plena de história, tranquilidade, património e tradição.
Este é um lugar, de feição predominantemente rural, apresenta uma antiga história patente no seu bonito Património, como se pode observar no interessante Museu Municipal instalado na Casa do Condado; no bonito Pelourinho de Vila Pouca de Aguiar; no já referido recinto fortificado de Cidadelhe, com a Capela da Aldeia e o que resta da Muralha; na Ponte de Cidadelhe de Aguiar ou no bonito Santuário de Nossa Senhora da Conceição, de onde se tem uma impressionante vista sobre o vale de Aguiar.
A Barragem do Alvão proporciona locais únicos, com excelentes condições para a prática das mais variadas atividades de turismo e lazer.
Vila Real a riqueza do património e da gastronomia
Situada numa área abençoada pela natureza, perto das majestosas Serras do Marão e do Alvão, nas confluências dos rios Corgo e Cabril, Vila Real é uma cidade transmontana, sede de concelho e distrito, e uma das mais importantes da província de Trás-os-Montes.
Vila Real foi desde cedo escolhida como habitação de diferentes povos, como atesta, por exemplo, o Santuário Rupestre de Panóias, indício de presença Romana.
São vários os pontos de interesse que esta cidade oferece, dona de um rico património, e de grande fervor religioso, como se pode observar nas Capelas da Misericórdia, de São Brás, na do Bom Jesus do Hospital, ou na Sé de Vila Real (de origem Dominicana, em estilo gótico tardio, cuja construção iniciou em 1424) ou nas Igrejas de São Pedro, do Bom Jesus do Calvário ou na dos Clérigos, uma interessante obra barroca, de autoria de Nicolau Nasoni.
Ponto incontornável de interesse nacional é, a cerca de 3 Km da cidade de Vila Real, uma das mais notáveis jóias do Barroco português, com jardins de um romantismo clássico: o Palácio de Mateus.
Terra de tradições bem marcadas, Vila Real é igualmente famosa pelo seu artesanato e costumes. O Barro Preto de Bisalhães, o linho de Agarez, a latoaria e a tecelagem da região são seculares produtos afamados e plenos de qualidade que têm passado de geração em geração. Em termos de gastronomia, esta cidade transmontana apresenta qualidade na sua mesa. As sopas, vitela e cabrito assados com arroz de forno, as tripas aos molhos, os covilhetes, a carne maronesa, a bola de carne e diversos enchidos são algumas das suas especialidades.
Régua a abençoada terra do Vinho do Porto
Apenas em 1756 Peso da Régua viria a sofrer maiores desenvolvimentos, aquando a criação pelo Marquês de Pombal da Real Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, que instituiu a 1ª região demarcada de produção vitivinícola a nível mundial. Já em 1703, a região tinha sido privilegiada através do importante Tratado de Methuen, em prol da viticultura do Douro, tendo as plantações tomado um novo incremento. As paisagens naturais da região são, e especiais, estando o Alto Douro classificado pela UNESCO como Património da Humanidade, provendo panoramas espectaculares tanto observados do próprio Rio Douro, ou no alto, nos muitos miradouros da zona, destacando-se o de São Leonardo e o de Santo António do Loureiro.
A não perder o Museu do Douro, instalado na Casa da Companhia, demonstra a importância deste património através das várias exposições que organiza. Da riqueza patrimonial do concelho destacam-se as muitas casas senhoriais, pequenos palacetes e grandes quintas rurais dos “senhores do vinho”, muitas delas abertas ao público, demonstrando a riqueza que esta produção trouxe à terra, mas também outros monumentos, como a Igreja Matriz de S. Faustino, construída no local onde outrora existiu a capela do Espírito Santo, a Capela do Senhor do Cruzeiro do século XVIII, a Igreja do Asilo Vasques Osório, as Capelas do Espírito Santo, a de Nossa Senhora do Desterro, a de São João ou a de Nossa Senhora da Boa Morte, entre tantos outros.