Descobertas recentes em medicina demonstraram que a espermidina presente em alguns tipos de queijo combate células cancerígenas em laboratório. E se lhe dissermos que o queijo é uma colónia de bactérias? Conheça 10 curiosidades sobre este alimento.
Não afeta a memória
A ideia de que comer queijo afeta a memória é uma crença popular cristalizada no tempo e na história. A origem da expressão portuguesa “andas a comer muito queijo” pode explicar-se pela relação de causalidade que, em séculos anteriores, era estabelecida entre a ingestão de laticínios e a diminuição de certas faculdades intelectuais, especificamente a memória. Sabe-se hoje, através dos estudos sobre memória e nutrição, que o leite e o queijo são fornecedores privilegiados de cálcio e de fósforo, elementos importantes para o trabalho cerebral. Ou seja, comer queijo até pode estimular o seu cérebro.
É uma colónia de bactérias
Acredite ou não, alguns queijos são fruto de um trabalho árduo desempenhado por milhões de bactérias e fungos. É o caso do famoso Blue Cheese, do qual o queijo gorgonzola é uma das variantes. São as bactérias, os microorganismos presentes no leite, que ajudam a transformar a lactose em ácido lático. A acidificação do leite é um processo de fermentação que decorre na ausência de oxigénio. O principal açúcar do leite é a lactose, que é convertido em ácido láctico através da fermentação bacteriana, aumentando a sua acidez e dando-lhe consistência.
Acelera o metabolismo
Um estudo publicado no “Journal of Agricultural and Food Chemistry” comparou amostras urinárias e fecais de pessoas cujas dietas eram ricas em queijo ou leite com as de pessoas que não consumiam laticínios. Os indivíduos que consumiam queijo tinham níveis mais elevados de butirato (ácido gordo produzido pelas bactérias do estômago) nas fezes. Estes níveis de butirato estão associados a uma significativa diminuição dos níveis do colesterol mau (LDL). Apesar de ainda não ser claro como o butirato atua na perda de peso, alguns estudos em animais mostram que este ácido gordo melhora a sensibilidade à insulina, aumenta o gasto de energia, acelera o metabolismo e reduz o stress oxidativo da inflamação, explica o autor do estudo, Morten R. Clausen.
Combate o cancro e aumenta a longevidade
Uma experiência em laboratório conduzida por cientistas da Universidade do Texas A&M mostrou que o consumo de espermidina, um composto encontrado em alguns tipos de queijo, aumentou em 25% a longevidade de ratos e diminuiu a incidência de cancro e fibrose hepática.