Droga no miradouro do Adamastor

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Sete pessoas, quatro homens e três mulheres, foram detidos no sábado por suspeitas de tráfico de droga no miradouro do Adamastor, na freguesia da Misericórdia, em Lisboa. Em comunicado, a PSP adianta que a detenção resultou de uma investigação que durava há meses e que permitiu desmantelar um “ponto de abastecimento” inserido no Bairro da Bica, onde a PSP recolheu prova durante buscas domiciliárias.

“As detenções decorreram de uma operação de investigação criminal que visava desmantelar o tráfico de estupefacientes que ocorria no Adamastor, local predominantemente turístico, nesta cidade onde acorrem, todos os dias, milhares de pessoas”, indica a nota.

O miradouro reabriu ao público no início de outubro, após uma requalificação.

De acordo com a PSP, no final da tarde de sábado os investigadores efetuaram uma operação de vigilância no Bairro da Bica visando a deteção e posterior detenção de pessoas oriundas das zonas limítrofes da cidade que se dedicavam à venda de estupefacientes, na zona do Miradouro de Santa Catarina (Adamastor).

Durante a operação, a polícia apreendeu 950 doses haxixe, 30 doses de liamba e 5.790,50 euros em numerário.

Ainda no sábado ao final do dia, a PSP efetuou duas buscas não domiciliárias em estabelecimentos de restauração e bebidas no Bairro da Bica, tendo sido apreendidos estupefacientes no interior dos mesmos.

Estes estabelecimentos correm o risco de serem encerrados pela câmara se no decurso de um ano forem de novo detetados em infrações homólogas, segundo a PSP.

As sete pessoas, com idades entre os 18 e os 67 anos, todas com antecedentes pela prática do crime de estupefacientes, foram presentes a tribunal, tendo sido decretadas apresentações diárias em departamentos policiais a um dos detidos e semanais aos restantes.

O projeto de requalificação do miradouro do Adamastor, com a introdução de uma vedação à noite, foi apresentado à população em fevereiro, aprovado pelo executivo municipal (liderado pelo PS) em março e as obras só arrancaram em abril.

Na proposta, o presidente da autarquia, Fernando Medina (PS), acrescentou que a vedação será uma solução “passível de ser transitória, pelo que se define a avaliação pela Câmara num prazo de um ano da conclusão das obras”.

Em julho de 2018, o então vice-presidente da autarquia, Duarte Cordeiro, anunciou o encerramento do espaço e a sua reabertura com a introdução de uma vedação “para delimitar o miradouro, permitindo que fique em descanso face à carga” que tinha na altura.

O anúncio gerou uma grande onda de contestação, com diversas críticas provenientes de autarcas e munícipes, tendo sido inclusivamente criado um movimento intitulado “Libertem o Adamastor”, que está contra a vedação e defende que o espaço deve ser frequentado por todos.

Em sentido contrário, alguns moradores do Bairro de Santa Catarina criaram uma petição favorável às restrições de horário no miradouro, defendendo medidas que possibilitem o descanso daqueles que ali moram.

 

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