O Governo português saudou hoje a “participação cívica” dos candidatos e partidos políticos nas eleições gerais de 15 de outubro em Moçambique, manifestando a expectativa no empenho de todos numa genuína reconciliação nacional.
“A preservação da paz é essencial para a prosperidade do povo moçambicano e o desenvolvimento sustentável do país. Portugal espera assim que todos os relevantes atores se empenhem no sentido de assegurar uma genuína reconciliação nacional, incluindo no quadro do Acordo de Paz e Reconciliação assinado a 06 de agosto último”, adiantou hoje, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português.
De acordo com os resultados oficiais, divulgados no domingo pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e o seu candidato presidencial, Filipe Nyusi, venceram com maiorias folgadas as eleições de 15 de outubro.
Filipe Nyusi foi reeleito para um segundo mandato diretamente à primeira volta com 73% dos votos e o seu partido reforçou a maioria no parlamento, passando a deter mais de dois terços dos lugares.
Os resultados foram rejeitados pelos partidos da oposição no parlamento – Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e Movimento Democrático de Moçambique (MDM) – sob alegação de fraude generalizada.
No seguimento do anúncio da Comissão Nacional de Eleições de Moçambique, o Governo português felicitou “todos os candidatos e partidos políticos moçambicanos pela sua participação cívica num ato eleitoral de grande importância para o futuro do país”.
Felicitou ainda o Presidente Filipe Nyusi pela sua reeleição e a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) pela vitória nas eleições legislativas e provinciais, bem como os novos governadores provinciais.