O presidente do conselho de administração da TAP, Miguel Frasquilho, afirmou que a expansão da TAP depende da construção do novo aeroporto no Montijo, algo pela qual a companhia aérea portuguesa “espera ansiosamente’. “Nós esperamos que, em 2022, tal como está previsto”, o aeroporto no Montijo “possa ver a luz do dia”, defendeu no final de uma conferência promovida pela Associação de Jovens Empresários Portugal-China.
“É muito importante para nós porque nos permitirá crescer no aeroporto Humberto Delgado”, sublinhou, afirmando que as atuais obras que ali estão a ser realizadas, “se não houver um complemento [Montijo], (…) no espaço de três, quatro anos” a principal infraestrutura aeroportuária nacional “tornará a ficar esgotada”.
“Esperamos ansiosamente” que o novo aeroporto do Montijo “venha a ser uma realidade a breve trecho”, insistiu o presidente do conselho de administração da TAP.
O grupo TAP registou, em 2018, um prejuízo de 118 milhões de euros, valor que compara com um lucro de 21,2 milhões de euros registado no ano anterior, conforme foi anunciado em 22 de março.
Por sua vez, a receita do grupo passou de 2.978 milhões de euros em 2017 para 3.251 milhões de euros em 2018, traduzindo-se num aumento de 273 milhões de euros, mais 9,1% face ao período homólogo.
A ANA e o Estado assinaram em 8 de janeiro o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o aeroporto Humberto Delgado e transformar a base aérea do Montijo no novo aeroporto de Lisboa.
Em julho, o então ministro Adjunto e da Economia defendeu no parlamento que o prejuízo da TAP não está relacionado com a quebra de receitas ou de passageiros, ressalvando que é preciso trabalhar na capacidade de resposta do Aeroporto de Lisboa.
“O prejuízo da TAP, em 2018, não teve a ver com quebra de receitas ou de passageiros. Do lado das receitas, o negócio continua a crescer”, referiu Siza Vieira, em resposta aos deputados, numa audição parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas.
De acordo com o governante, as perdas da transportadora portuguesa estão assim relacionadas com a subida dos preços dos combustíveis e com os atrasos nos voos.
“Temos que continuar a trabalhar para aumentar a capacidade de resposta do aeroporto, independentemente do novo projeto [do Montijo]”, concluiu.