As autarquias da Covilhã e Fundão, distrito de Castelo Branco, querem unir as duas cidades através de uma ciclovia e já apresentaram uma candidatura conjunta para o efeito, foi anunciado.
De acordo com as duas autarquias, a candidatura no valor global de cerca de um milhão de euros foi submetida ao Fundo Ambiental há cerca de um mês e, caso seja aprovada, permitirá criar uma nova infraestrutura de mobilidade, ao longo da Estrada Nacional 18.
A nova ligação deverá afirmar-se como mais uma “alternativa” de mobilidade para as muitas pessoas que diariamente fazem o percurso entre as duas cidades da Cova da Beira, que com o crescimento urbano dos dois concelhos se têm aproximado.
O projeto ganha ainda relevância por ser mais um sinal efetivo da estratégia de cooperação e de estreitamento de relações que tem sido seguida, tal como sublinham os presidentes das Câmaras da Covilhã e Fundão, respetivamente, Vítor Pereira e Paulo Fernandes.
“É uma conjugação de esforços no sentido de conseguirmos ligar e estreitar ainda mais os laços que existem entre os dois concelhos, que têm muitas afinidades e que se complementam. Contrariamente ao que em tempos idos existia – que era uma virar de costas e de viver de forma isolada – nós queremos que também este projeto seja uma forma de sinalizar essa proximidade, essa complementaridade e essa amizade”, apontou Vítor Pereira.
O autarca da Covilhã falava no final da sessão pública do executivo, que se realizou hoje, e durante a qual foi aprovado a celebração do protocolo de cooperação que visa a concretização do projeto.
Vítor Pereira lembrou ainda que a Cova da Beira (que também integra o concelho de Belmonte) é um “conjunto que tende cada vez mais a unir-se e a criar sinergias em benefício dos concidadãos”.
Uma ideia partilhada pelo presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, que também sublinha a importância desta cooperação no que concerne à aproximação das duas cidades, não só fisicamente, como no reforço das relações e na aposta em estratégias partilhadas que contribuam para o desenvolvimento comum.
O autarca destaca ainda que esta ciclovia se enquadra no objetivo de criar um perfil cada vez mais urbano na ligação entre as duas cidades e que, além disso, dará reposta àqueles que preferem usar as bicicletas como meios de transporte, tendência que se tem vindo a afirmar.
“Estamos a falar de um projeto importante porque aposta numa visão urbana das duas cidades, que estão cada vez mais próximas, nomeadamente ao nível das zonas industriais. Nesse sentido, é importante aprofundar este perfil mais urbano de conexão entre as duas cidades e dar opções às pessoas para que possam fazer as suas escolhas em segurança”, referiu, lembrando que o movimento diário entre as duas cidades é muito significativo.
As duas câmaras esperam que a candidatura possa ser aprovada até ao final do ano e a expectativa é a de que a obra possa depois ser executada ao longo de 2020.