OCDE alerta que 92 milhões estão em risco de vida por causa de obesidade

Data:

 

 

 Um quarto dos cidadãos sofre de obesidade nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, que alerta que 92 milhões de vidas estão em risco por causa duma doença que custa 385 mil milhões de euros anualmente. Num relatório hoje divulgado sobre o “pesado fardo da obesidade” nas sociedades e economias, a OCDE defende que a prevenção é essencial para salvar vidas e para evitar as perdas económicas da obesidade, que estimam custar uma média de 3,3% dos produtos internos brutos todos os anos.

“Nas próximas três décadas, o excesso de peso fará 93 milhões de mortos na OCDE com a obesidade e doenças relacionadas a reduzirem a esperança de vida em três anos até 2050”, afirma a organização, que considera “urgente aumentar os investimentos em políticas que promovam estilos de vida saudáveis”, o que será “um excelente investimento”.

Entre os países da OCDE, a taxa de obesidade entre a população adulta aumentou de 21% em 2010 para 24% em 2016, o que representou mais cinquenta milhões de pessoas a tornarem-se obesas, enquanto a disponibilidade de calorias aumentou 20% nas últimas cinco décadas.

Para construir o relatório foram analisados os custos no setor da saúde, sociais e económicos de uma população cada vez mais obesa em 52 países, incluindo os membros da OCDE, União Europeia e G20, estimando-se que gastem 385 mil milhões de euros por ano a tratar problemas relacionados.

Os países da OCDE gastam em média 8,4% dos seus orçamentos para a saúde a tratar doenças relacionadas com o excesso de peso, sejam diabetes (70% dos casos são pessoas com peso a mais), cancro (9%) ou doenças cardíacas 23%).

“Cada dólar gasto na prevenção da obesidade gera um retorno económico seis vezes superior”, conclui a organização, salientando que “as crianças, em particular, estão a pagar um preço elevado” quando sofrem de obesidade, que afeta as notas, a assiduidade.

Quanto aos adultos, têm menos 8% de probabilidade de manter o emprego se sofrem de uma doença crónica associada ao excesso de peso e mais 3,4% de probabilidade de ter que faltar.

Nos países da União Europeia, “mulheres e homens no escalão de rendimento mais baixo têm, respetivamente, mais 90% e 50% de probabilidade de sofrer de obesidade”.

A receita, para a OCDE, é agir em setores como etiquetagem de alimentos, regulação de publicidade de comida pouco saudável às crianças e promoção do exercício.

“Uma redução de 20% no conteúdo calórico de comida muito energética poderia ter benefícios significativos para a saúde das pessoas e das economias. Se tal plano fosse aplicado em 42 países por todo o mundo, o modelo da OCDE sugere que mais de um milhão de casos de doenças crónicas por ano poderia ser evitado, especialmente doenças cardíacas”, afirma a organização.

Essas políticas iriam ter implicações diretas na indústria alimentar e de bebidas, dos fabricantes aos supermercados, obrigando a custos adicionais para as cumprir, indica a OCDE, que defende que podem ser minimizados se forem alinhados com os ciclos de mudança regulares nos diversos setores.

 

Share post:

Popular

Nóticias Relacionads
RELACIONADAS

Compal lança nova gama Vital Bom Dia!

Disponível em três sabores: Frutos Vermelhos Aveia e Canela, Frutos Tropicais Chia e Alfarroba e Frutos Amarelos Chia e Curcuma estão disponíveis nos formatos Tetra Pak 1L, Tetra Pak 0,33L e ainda no formato garrafa de vidro 0,20L.

Super Bock lança edição limitada que celebra as relações de amizade mais autênticas

São dez rótulos numa edição limitada da Super Bock no âmbito da campanha “Para amigos amigos, uma cerveja cerveja”

Exportações de vinhos para Angola crescem 20% desde o início do ano

As exportações de vinho para Angola cresceram 20% entre janeiro e abril deste ano, revelou o presidente da ViniPortugal, mostrando-se otimista quanto à recuperação neste mercado, face à melhoria da economia.

Área de arroz recua 5% e produção de batata, cereais, cereja e pêssego cai 10% a 15%

A área de arroz deverá diminuir 5% este ano face ao anterior, enquanto a área de batata e a produtividade dos cereais de outono-inverno, da cereja e do pêssego deverão recuar 10% a 15%, informou o INE.